domingo, 30 de dezembro de 2012

10 possíveis próximos passos da evolução humana

Por em 29.12.2012 as 16:00

A evolução humana não é somente algo do passado. Embora tenhamos mesmo evoluído durantes todos esses milhões de anos, ainda não paramos de evoluir. Isso significa que ainda há muito espaço para melhoras, e, se a civilização continuar no mesmo caminho que trilha hoje, algumas grandes mudanças podem ser esperadas para os próximos 200.000 anos. Confira dez delas:
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1 – Monoetnia

Multiculturalismo é a essência da sociedade moderna. Não deve ser surpresa, então, que os seres humanos evoluam para um único grupo étnico, se a mistura das culturas continuar. Conforme a miscigenação se tornar mais comum, os seres humanos perderão lentamente as características distintivas de sua etnia, e assumirão características de diversas partes do mundo. Uma pesquisa até indicou que todos se parecerão como os brasileiros (um povo bastante miscigenado) em “pouco” tempo. Há uma vantagem óbvia nisso: “raça” já não será mais um problema.
2 – Sistema imunológico fraco

Conforme os seres humanos tornam-se mais e mais dependentes de medicamentos para a sobrevivência, o sistema imunológico vai enfraquecendo lentamente. A melhor maneira de explicar isso é com um exemplo: o uso de hormônios. Imagine um futuro em que, com a ajuda de suplementos, você possa regular seus hormônios para maximizar o seu bem-estar. Com o tempo, seu corpo se tornaria dependente dos hormônios adicionais, ao ponto de parar de fazer por si mesmo o que os suplementos podem fazer em seu lugar. Os processos que criam hormônios se tornariam menos importantes para a sobrevivência, uma vez que o seu corpo sempre tem o suficiente, graças aos suplementos. Depois de dezenas de milhares de anos, é provável que os seres humanos evoluam ao ponto de hormônios não serem mais criados organicamente dentro de nosso corpo.
Se ajuda externa fosse inteiramente responsável pela nossa sobrevivência, muitas de nossas funções internas poderiam se tornar obsoletas. Por que o seu corpo precisaria de um poderoso sistema imunológico se todos os patógenos pudessem ser curados com medicação? De fato, é uma desvantagem da utilização de medicamentos para combater doenças.
3 – Menos massa muscular

Há duas causas previsíveis para o enfraquecimento físico gradual da raça humana. A primeira é a nossa crescente dependência da tecnologia – e de máquinas, em particular – para fazer o nosso trabalho sujo. Quanto menos cada geração depender da força física, mais provável é que toda a espécie fique mais fraca.
A segunda causa possível para a atrofia muscular é um pouco mais impressionante: envolve um cenário em que nós temos que mudar para o espaço. Em tal cenário, a força física é quase desnecessária para o dia-a-dia. Eventualmente, perderíamos a maioria de nossa massa muscular.
4 – Mais altura

A altura humana tem crescido rapidamente nos últimos dois séculos. Ao longo dos últimos 150 anos, a altura média da espécie aumentou 10 centímetros. Acredita-se que a principal força motriz por trás deste crescimento é a abundância de nutrição disponível para muitos de nós. Quanto mais a criança tem para comer, mais energia ele ou ela tem para crescer. Enquanto tivermos a capacidade de comer em excesso, a espécie vai continuar a crescer (e ficar mais alta). Se o céu é o limite, ou se a biologia vai nos parar em algum lugar, só o tempo – e a evolução – dirá.
5 – Menos pelo

Já perdemos a maior parte do pelo do nosso corpo por uma série de razões. Seguindo esse caminho, é provável que os seres humanos se tornem ainda mais carecas ao longo do tempo. As mulheres, em particular, são frequentemente vistas como mais atraentes com menos pelo em várias partes de seus corpos. Como esse traço oferece vantagem a um indivíduo quando se trata de atratividade sexual, podemos postular que, ao longo do tempo, as mulheres evoluam para ter menos pelo. O mesmo pode ser dito para os homens, mas como há menos pressão social para que tenham pele lisa, a mudança permanente provavelmente ocorrerá mais lentamente.
6 – Mudanças cerebrais

A tecnologia já afetou a forma como a nossa memória funciona. O cérebro humano, sendo uma máquina em busca da máxima eficiência, tipicamente memoriza o ponto onde a informação é armazenada, em vez de a própria informação. É muito mais fácil de lembrar onde você colocou o livro com as informações do que recordar o conteúdo real do livro, não é mesmo? Na era da internet, essa peculiaridade mental tornou-se especialmente importante. Nós não tentamos mais decorar números de telefones, simplesmente os buscamos. Não tentamos lembrar de respostas, as pesquisamos na web,e assim por diante. Conforme a tecnologia se torna mais avançada, o nosso cérebro vai se adaptar a fim de maximizar sua eficiência, talvez em detrimento de nossa memória.
7 – Dentes menores

A mudança mais óbvia em nossos maxilares será o desaparecimento dos dentes do siso, que não tem mais utilidade aos seres humanos modernos. Muitos grupos étnicos já têm baixas taxas de ocorrência desse tipo de dente. Além disso, também podemos esperar que os nossos dentes fiquem menores. Ao longo da evolução do homem, tem havido uma tendência geral para dentes pequenos. Evidências mostram que nos últimos 100.000 anos, nossos dentes reduziram pela metade em tamanho. Nossos maxilares também encolheram. A tendência deve continuar, especialmente porque nossa comida é cada vez mais facilmente digerível.
8 – Menos dedos do pé

Antes dos humanos andarem eretos, nossos dedos eram usados para a luta, assim como nossas mãos. Conforme dependemos menos da escalada e mais de ficar de pé, nossos pés têm lentamente se reduziram ao seu tamanho atual. A evolução agora caminha para livrar-nos do nosso quinto dedo do pé, o menor. Em comparação com os dedos maiores que servem para nos dar equilíbrio e andar, os pequenos não servem de nada, e podemos sobreviver muito bem sem eles. Devido a isso, e por causa dos problemas que surgem a partir de sua existência desnecessária – como serem frequentemente esmagados em sapatos e em esbarrões com objetos -, podemos esperar que os humanos se tornem uma criatura de quatro dedos.
9 – Crânios menores ou maiores

Duas escolas de pensamento existem sobre a questão do volume do nosso crânio. Uma, que conta com o apoio de muitos cientistas, afirma que nosso crânio está no limite de seu tamanho. Qualquer pessoa que tenha dado à luz sabe que a cabeça de uma criança já é, para falar diplomaticamente, bastante grande. Por esta razão, muitos biólogos acreditam que uma cabeça maior tornaria o nascimento impossível – algo que o processo evolutivo eliminaria gradualmente rapidamente, sem dúvida. A grande cabeça no nascimento é também mais propensa a ferir ou matar a mãe. Assim, parece inevitável que o tamanho da nossa cabeça fique o mesmo, ou até menor.
No entanto, isso ignora o fato de que cesarianas são comuns e oferecem oportunidades para a sobrevivência de crianças com grandes cabeças. Na verdade, alguns acreditam que a cesárea acabará por ser mais segura do que o parto natural no futuro, o que leva à possibilidade de que as crianças com cabeças pequenas, naturalmente entregues, sobrevivam menos. Mas tal dependência seria perigosa para os seres humanos. Se humanos “cabeçudos” perdessem a capacidade de realizar cesarianas, poderíamos esperar uma extinção rápida.
10 – Autoevolução

Os seres humanos podem, eventualmente, chegar a um ponto no qual “forcem” a evolução em si mesmos através do uso da tecnologia. Seja através de órgãos biônicos, por exemplo, ou por meio de seleção genética, na qual futuros pais escolhem as características de seu filho antes do nascimento, a evolução humana deverá caminhar por essa estrada. A seleção genética, em particular, pode levar rapidamente a um boom de “bebês projetados”, nos quais todos os defeitos e traços indesejáveis podem ser removidos. Se isso se generalizar, poderia potencialmente forçar muitos traços humanos (negativos ou não) à extinção.[Listverse]

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A gonorréia pode virar uma super doença?

 

 
Por em 28.04.2011 as 0:50


Cientistas alertam que a doença sexualmente transmissivel (DST) gonorréia está se tornando cada vez mais resistente aos tratamentos nos EUA. Em 2009, quase um quarto das cepas de bactérias testadas em uma vigília em todo aquele país se mostraram resistente à penicilina, tetraciclina, fluoroquinolonas e até uma mistura dos três. Outras informações, datadas de 2010 indicaram resistência a outro antibióticos como cefalosporina. Isto é alarmante, pois esta é as cefalosporinas são a última classe de antibióticos que os médicos têm para tratar essa DST.
“Isto pode ser um anúncio do que está por vir”, disse Kimberly Workowski, do Centro para o Controle e Prevenção de DSTs (CDC) do governo dos EUA. “A resistência pode ficar pior”. Se isso acontecer, a gonorréia pode virar uma superbactéria e ter um efeito catastrófico no controle da doença. Especialistas estão trabalhando em estratégias de prevenção da resistência, incluindo tratar a doença com diversos antibióticos de uma só vez. Eles também estão fazendo campanha pelo sexo seguro para diminuir a transmissão.
A gonorréia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhea e o seu contágio acontece por meio de sexo sem uso de preservativo. Pessoas com esta doença geralmente não têm sintomas visíveis, mas ela pode levar a complicações seriíssimas, incluindo infertilidade e dor crônica na pélvis nas mulheres. Nos homens, ela pode causar epididimite, uma síndrome clínica que consiste em dor e inchaço do epidídimo (pequeno duto que coleta e armazena os espermatozóides), que pode levar a infertilidade. Se a bactéria se espalha na corrente sanguínea ou nas articulações, pode levar à morte.
Mais de 301 mil casos foram reportados pelo CDC em 2009, mas a agência estima que o número real chegue a 700 mil pessoas contaminadas a cada ano nos EUA. Desde os anos 1970 a bactéria tem ficado resistente aos antibióticos tradicionais como penicilina e tetraciclina. Em 1991, começaram a emergir bactérias resistentes à fluoroquinolona. Já não se recomenda mais tratamentos com estas drogas para não aumentar a resistência.
Pesquisadores agora vêem o surgimento resistente à cefalosporina na região sudeste da Asia. Geralmente, estes tipos resistentes migram para o EUA e se espalham pelo ocidente. “Esperamos que a história não se repita, mas parece que o padrão está se mantendo”, disse Kimberly.
Para prevenir a resistência, o CDC recomenda que a doença seja tratada com uma forma injetável de cefalosporina unida a outro tipo de antibiótico como azitromicina ou doxiciclina. Além disso, há pesquisas para encontrar drogas que combatam a DST com baixos custos, incluindo medicamentos que matam a bactéria em diferentes estágios de vida, disse a médica. Contudo, eles já estão preparando um plano emergencial em caso de uma epidemia. [LiveScience]

DSTs podem ser transmitidas por sexo oral?

Por em 18.12.2012 as 17:07



A médica Debby Herbenick, codiretora do Centro para Promoção de Educação Sexual da Escola de Saúde Pública Bloomington (da Universidade de Indiana, EUA), afirmou recentemente que, sim, é possível contrair DSTs por meio de sexo oral.
“Muito do que pode ser passado durante o sexo vaginal também pode ser passado durante sexo oral”, alerta. “Herpes? Sim. Clamídia e gonorreia? Sim (ambas são bacterianas e podem ser curadas com antibióticos, mas há cada vez mais casos de gonorreia resistente a antibióticos, então não queira brincar com isso)”. A lista também inclui o HIV, embora o risco de transmissão seja menor do que na modalidade “convencional”.
O HPV (que também pode ser transmitido via sexo oral), além dos sintomas próprios, pode trazer uma complicação a mais: o vírus foi vinculado com certos tipos de câncer da cabeça e do pescoço, o que aumenta a necessidade de prevenção.
Outra modalidade comentada pela médica é a anilíngua (em que a pessoa usa a língua para estimular o ânus do parceiro), igualmente arriscada se for feita sem proteção – tanto para quem realiza quanto para quem recebe, já que certas doenças podem ser transmitidas pela saliva. Para diminuir os riscos, Herbenick recomenda que a pessoa recorte e use um preservativo como barreira para evitar o contato direto com o ânus. Ela também reforça a realização de testes para detectar DSTs, especialmente no final de um relacionamento e no início de outro.[Gizmodo]

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Nós somos todos feitos de estrelas

 


 
Desde programas de televisão até músicas que carregam essa ideia, a teoria de que todos nós somos feitos de estrelas se torna cada vez mais popular.
Em 1980, o astrônomo Carl Sagan narrou uma série televisiva de 13 episódios na qual explicou muitos temas relacionados com a ciência, como a história da Terra, a evolução, e a origem da vida e do sistema solar.
Uma declaração desse astrônomo mexeu com o público. Segundo ele, algumas partes do nosso ser mostram de onde viemos. Ele dizia que “nós somos feitos de matéria estelar”. Com isso, ele resumiu o fato de que os átomos de carbono, nitrogênio e oxigênio em nossos corpos, assim como os átomos de todos os outros elementos pesados, foram criados em gerações anteriores de estrelas há mais de 4,5 bilhões de anos.
Como todos os seres humanos e os outros animais – assim como a maioria da matéria na Terra – contêm esses elementos, sim, nós somos literalmente feitos de matéria estelar. Todo o carbono que contém matéria orgânica foi produzido originalmente nas estrelas.
No começo, o universo era feito de hidrogênio e hélio. O carbono foi feito posteriormente, durante bilhões de anos.
Quando se esgotava o suprimento de hidrogênio de uma estrela, ela morria em uma explosão violenta, chamada de nova. A explosão de uma estrela massiva, chamada supernova, pode ser bilhões de vezes mais brilhante que o sol. Essa explosão estelar lança uma grande nuvem de poeira e gás para o espaço.
Uma supernova atinge seu brilho máximo alguns dias depois de ter explodido. Nesse momento, ela pode ofuscar uma galáxia inteira de estrelas. Em seguida, ela brilha intensamente por diversas semanas antes de desaparecer gradualmente de vista.
O material da supernova, eventualmente, se dispersa por todo o espaço interestelar. As estrelas mais velhas são quase exclusivamente constituídas de hidrogênio e hélio. Posteriormente, outras estrelas mandaram oxigênio e outros elementos pesados ao universo.
Assim, segundo os astrônomos, toda a vida na Terra e os átomos em nossos corpos foram criados do resto de estrelas, agora mortas há muito tempo. Elas produzem elementos pesados, e mais tarde ejetam gases para o meio estelar para que eles possam fazer parte de outras estrelas e planetas – e pessoas. [Lifeslittlemysteries]

Estudo: precisamos repensar a definição de vida para desvendar os mistérios de sua origem

 


 
Encontrar vida fora da Terra tem se mostrado um grande desafio. Tudo bem que só conhecemos poucos dos planetas, satélites e estrelas que existem no universo, mas, ainda assim, tudo que encontramos parece estéril considerando o padrão – e a diversidade – de vida encontrado no nosso planeta.
Talvez esse seja então o problema: nós queremos encontrar vida exatamente como a conhecemos. Mas o que é, exatamente, vida? Somos só nós, os outros animais, as bactérias?
Parte do nosso problema em encontrar vida é que não temos uma boa definição do que é a vida. “Normalmente, nossa forma de identificar a vida na Terra é através da presença de DNA no organismo”, disse Sara Walker, astrobióloga da Universidade do Arizona (EUA).
Porém, essa é uma definição química que pode limitar a busca de vida extraterrestre, além de incluir, erroneamente, sistemas não vivos nessa classificação, como uma placa de Petri cheia de DNA autorreplicante.
“Neste momento, estamos nos concentrando na busca de vida que seja idêntica a nós, com as mesmas moléculas”, afirmou Chris McKay, astrobiólogo da NASA. “Essa abordagem potencialmente estabelece uma estrutura que nos permite considerar outras classes de moléculas orgânicas que poderiam ser a base da vida”.
Por décadas, cientistas tentam recriar os acontecimentos que deram origem à vida no planeta. Na famosa experiência de Miller-Urey relatada em 1953, os cientistas carregaram eletricamente uma sopa primordial de elementos químicos que imitavam a composição química dos oceanos no início do nosso planeta, e descobriram que vários aminoácidos simples, os blocos mais primitivos de vida, se formaram como resultado.
Mas, desde então, os cientistas não avançaram muito na compreensão de como simples aminoácidos podem ter, eventualmente, se transformado em simples, e depois em complexos, seres vivos.
“Na tentativa de explicar como a vida veio a existir, as pessoas têm se concentrado em um problema de química, como se criar vida fosse como fazer um bolo, para o qual nós precisamos de um certo conjunto de ingredientes e instruções para seguir”, disse Paul Davies, físico teórico e astrobiólogo também da Universidade do Arizona. “Essa estratégia não capta a essência do que é a vida”.
Davies e Walker, juntos em uma nova pesquisa, afirmaram que estamos olhando errado para o mistério da origem da vida. Em vez de tentar recriar os blocos de construção químicos que deram origem à vida 3,7 bilhões anos atrás, eles acreditam que devemos usar as principais diferenças na forma como os seres vivos armazenam e processam informações para desvender esse mistério.

Mão dupla

A equipe de cientistas criou um modelo matemático simples para capturar a transição de um ser não vivo para um ser vivo. Segundo os pesquisadores, todos os seres vivos têm uma propriedade que objetos inanimados não têm: fluxos de informação em duas direções. Todos os sistemas vivos são caracterizados por duas vias ou fluxos de informação, tanto de baixo para cima quanto de cima para baixo, em termos de complexidade.
Por exemplo, quando uma pessoa toca um fogão quente, as moléculas de sua mão sentem o calor, transmitem essa informação ao cérebro, e o cérebro, então, diz que para as moléculas da mão se moverem.
Enquanto esse fluxo de informações em dois sentidos governa o comportamento de formas de vida simples e complexas da mesma forma, das menores bactérias às baleias, organismos não vivos não apresentam tal fluxo. Se você colocar um bolo no fogão, o calor pode queimar o bolo, mas ele não vai fazer nada para responder.
Outra característica dos seres vivos é que eles têm diferentes locais físicos para armazenar e ler informação. Por exemplo, o alfabeto de letras no DNA carrega as instruções para a vida, mas outra parte da célula, chamada de ribossomo, é que deve traduzir essas instruções em ações dentro da célula.
Um probleminha desta definição é que, através dela, computadores que armazenam dados em um disco rígido e os lê usando uma unidade de processamento central teria as características de vida – embora isso não signifique que eles estão vivos.
O novo modelo proposto pela equipe ainda está em seu começo e não aponta para novas moléculas que poderiam ter gerado vida em outros planetas, mas estabelece o comportamento necessário que um sistema precisa ter para ser considerado vivo.
“Este é um manifesto”, disse Davies. “É uma maneira de dizer que temos de reorientar e redefinir o assunto, e olhar para ele de uma maneira diferente”.

Vida = processos de informações

Essa não é a primeira vez que um estudo sugere que repensemos a definição de vida sem utilizar elementos químicos.
Uma pesquisa de Christoph Adami afirmou que a vida pode ser definida em termos de processos de informações. Entendendo processos fundamentais que não se referem a um substrato em particular, podemos procurar por vida em outros mundos.
Mesmo na Terra, alguns organismos não se comportam da maneira que definiríamos como vida. Por exemplo, um ser vivo é todo ser que um dia morre. Bom, exceto por um pólipo que pode retroceder para sua forma de embrião e crescer de novo, nunca morrendo. Nesses casos, a vida não é definida através de conceitos com os quais estamos acostumados, mas somente através de processos.
Adami chegou a conclusão de que existe uma certa distribuição de elementos (alguns em alta frequência, porque são úteis, outra em baixa frequência, porque são prejudiciais e só existem no nível do acaso) que é robusta e vista em qualquer situação onde há um sistema vivo. Existe um outro tipo de distribuição visto constantemente onde não há vida.
Essa distribuição não tem a ver com quais elementos estão presentes nela, mas no próprio padrão da distribuição. Em resumo, ele sugere que podemos encontrar vida que não se parece com a nossa usando um “padrão universal de não vida”, e procurando por grandes desvios desse padrão.[LiveScience]

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Alimento orgânico não é mais saudável, confirma estudo

 

alimento orgânico
 
A comida orgânica não é mais benéfica à saúde, comparada com a comida produzida convencionalmente, de acordo com um recente estudo. Pesquisadores da London School of Hygiene & Tropical Medicine, em Londres, Inglaterra, realizaram um levantamento com 162 artigos científicos publicadas nos últimos 50 anos, que mostrou que não existe uma diferença tão grande entre o alimento orgânico e o normal.
» Alimentos orgânicos valem a pena?
O mercado de alimentos orgânicos tinha uma renda estimada em 48 bilhões de dólares (aproximadamente 100 bilhões de reais) em 2007. Os pesquisadores afirmam que consumidores pagam preços maiores pela comida orgânica porque acreditam que ela traz benefícios à saúde.
“Foi encontrada uma pequena diferença entre conteúdos de nutrientes entre produtos alimentícios produzidos convencionalmente e organicamente”, afirma Alan Dangour, um dos autores do estudo. De acordo com Dangour, a diferença é tão pequena que não chega a ter relevância pública. “O estudo mostra que não há evidência que apóie a seleção de alimentos orgânicos com base na superioridade orgânica”, afirma o pesquisador.
Peter Melchett, director da Associação de Solos Britânica, que promove a agricultura orgânica, afirma estar decepcionado com as conclusões dos autores do estudo. Ele critica a metodologia utilizada na pesquisa, que, de acordo com ele, levou os pesquisadores a classificar alguns benefícios nutricionais como “desimportantes”.
» Alimentos orgânicos fazem bem apenas para os vendedores
Melchett também lembra que não há pesquisas suficientes para mostrar os efeitos a longo prazo de pesticidas sobre a saúde dos humanos. [Reuters]

Humanos desceram das árvores muito depois do que se pensava

 

Uma análise dos ossos de uma garotinha que morreu 3,3 milhões de anos atrás na África Oriental sugere que nossos ancestrais desceram das árvores mais tarde do que muitos cientistas pensavam.
As omoplatas fossilizadas de Selam, uma menina de três anos de idade descoberta em Dikika, na Etiópia, mostram características que sugerem que ela e sua família eram excelentes “escaladores”, apesar de também serem adaptados para andar no chão.
Ou seja, este hominídeo já era bípede, mas continuou a subir em árvores, como os seus antepassados símios. Humanos e macacos supostamente compartilharam seu último ancestral comum cerca de 6,5 milhões de anos atrás.

O exemplar-chave

Selam (que significa “paz”) é um exemplo muito bem preservado da Australopithecus afarensis, espécie precursora importante dos modernos seres humanos. Ela é da mesma espécie que Lucy, o famoso esqueleto de 3,2 milhões de anos descoberto em 1974.

Embora A. afarensis seja uma espécie que já andava verticalmente, a questão de saber se também passava boa parte de seu tempo nas árvores era muito debatida, em parte porque um conjunto completo de omoplatas nunca tinha sido encontrado para análise.
Recentemente, no entanto, David Green, da Midwestern University em Illinois (EUA), afirmou que os novos fósseis fornecem fortes evidências de que esses indivíduos ainda subiam em árvores nesta fase da evolução humana.

A pesquisa

Encontrar omoplatas intactas e anexadas a um esqueleto é muito raro, pois elas dificilmente fossilizam, e, quando o fazem, são quase sempre fragmentárias.
Por conta disso, o estudo leva os cientistas mais perto de responder à pergunta “quando nossos antepassados abandonaram o comportamento de escalada?”.
Selam é o esqueleto mais completo de sua espécie já descoberto. Depois de libertar as omoplatas do arenito que a envolvia, os pesquisadores as digitalizaram e fizeram medidas detalhadas para compará-las com as de humanos modernos e grandes macacos.
A análise da forma e da função dos ossos revelou que o estilo de vida da espécie era parcialmente ligado às árvores. Ao mesmo tempo, seu quadril, perna e pés eram adaptados para andar na posição vertical.
Quando os cientistas compararam a escápula de Selam com a de membros adultos da Australopithecus afarensis, ficou claro que seu padrão de crescimento foi mais consistente com o de macacos do que com o de humanos.
A descoberta confirma o lugar central que a espécie de Lucy e Selam ocupa na evolução humana. Mesmo bípede como seres humanos modernos, A. afarensis era ainda um grande escalador. Apesar de não ser totalmente humano, estava claramente nesse caminho.
Green acredita que o Homo erectus, um ancestral do Homo sapiens que viveu há 1,9 milhão de anos, tinha uma morfologia que o tornava mais similar aos humanos modernos e parece ser, até o momento, a primeira espécie estritamente bípede.
Descer das árvores e aprender a andar ereto sobre duas pernas é considerado pela ciência um dos momentos decisivos na história evolutiva humana, que levou nossos antepassados a tomar decisões mais sofisticadas, como controlar o fogo, e a um comportamento social mais complexo.
O estudo foi conduzido pelas instituições Midwestern University e California Academy of Sciences, e publicado na revista Science.[DailyMail, Independent]

Gene alterado pode fazer homens se desenvolverem como meninas

 

 
Pesquisadores fizeram uma descoberta que levará a um diagnóstico mais rápido e preciso de distúrbios do desenvolvimento sexual. Segundo o estudo, foi identificado em seres humanos um gene alterado que faz com que os embriões do sexo masculino desenvolvam genitália feminina.
O distúrbio do desenvolvimento sexual (DDS) é um espectro de condições que pode levar ao estresse emocional, infertilidade e aumento do risco de câncer. As meninas com o distúrbio, por exemplo, podem não desenvolver seios, ter pêlos em excesso e um clitóris aumentado.
Um em cada 4.500 bebês tem mutações genéticas que significam que seus testículos ou ovários não se desenvolvem adequadamente no útero. Isso pode levar a genitália ambígua e a uma aparência física que não corresponde aos seus cromossomos sexuais. Por exemplo, um homem pode parecer feminino, apesar de ter cromossomos XY (do sexo masculino).
Os pesquisadores compararam os genes de 16 pessoas de duas famílias afetadas por um tipo particular de DSD em que os embriões do sexo masculino (com cromossomo XY) desenvolvem características femininas, incluindo genitália feminina e aparência feminina.
Até aquele momento, os cientistas conheciam um pequeno número de genes envolvidos no desenvolvimento das gônadas, e só conseguiam diagnosticar cerca de 20% das pessoas com este tipo de DSD, deixando o restante desse grupo na mão, já que não podiam identificar a causa subjacente de sua condição.
Na pesquisa, todos os 16 pacientes tinham uma alteração no gene MAP3K1, cuja função era até então desconhecida. No entanto, uma alteração genética em comum não é suficiente para ligar o gene à DSD. Se não é expresso na hora e lugar certo, não adianta.
Assim, a equipe de pesquisadores observou o gene equivalente em ratos, para descobrir quando e onde ele era ativo durante o desenvolvimento. O gene se mostrou ativo precisamente quando os testículos estão em desenvolvimento, ou seja, no caso dos ratos, 11,5 dias após a concepção.
De acordo com os cientistas, o MAP3K1 faz parte de uma complexa via de sinalização que leva ao desenvolvimento normal dos testículos. Por isso, sua alteração pode levar à DSD. Alguns especialistas estão completamente convencidos de que o gene é responsável por alguns casos do distúrbio.
Os pesquisadores afirmam que há um longo caminho genético para o desenvolvimento dos testículos. Porém, identificar a causa genética de uma anormalidade vai ajudar no diagnóstico e tratamento dos DSDs. [NewScientist]

Cientistas “ressuscitam” gene de mais de 500 milhões de anos



 
Em 1993, o filme Jurassic Park mostrou como “reviver” criaturas que habitavam a Terra há milhões de anos poderia ser um negócio arriscado. Bom, recentemente um grupo de pesquisadores fez um experimento similar (usando bactérias ao invés de dinossauros como fonte de genes, vale dizer de antemão).
Por meio de um processo chamado evolução paleo-experimental, a equipe do Instituto de Tecnologia de Georgia (EUA) “ressuscitou” um gene bacteriano de mais de 500 milhões de anos, e o inseriu em bactérias E. coli. Ao observar um gene antigo em um organismo moderno, é possível ver se a trajetória evolutiva se repete ou se, ao invés disso, os organismos vão se adaptar de outra forma, explica o cientista Betül Kaçar.

Evolução vista de camarote

Em 2008, seu orientador de pós-doutorado, o professor de biologia Eric Gaucher, descobriu a sequência genética antiga capaz de sintetizar a EF-Tu, uma proteína essencial para a E. coli e presente em todas as formas de vida celulares que conhecemos.
Com o gene em mãos, Kaçar e sua equipe o inseriram nos cromossomos de bactérias, criando oito linhagens idênticas de E. coli híbridas (portando o gene antigo em meio a sequências genéticas modernas). De início, esses organismos não eram tão saudáveis como os atuais. “Isso criou um cenário perfeito para observarmos como os organismos alterados iriam se adaptar e acumular mutações a cada dia [conforme se reproduziam]“, diz Gaucher.
Com o passar do tempo, as gerações de híbridos foram se tornando cada vez mais saudáveis, a ponto de superar as E. coli atuais em alguns aspectos. Ao analisar seu genoma, os pesquisadores perceberam que o gene antigo não se modificou: as proteínas que interagem com ele é que mudaram. Assim, a evolução tomou um rumo diferente do esperado.
A equipe deverá continuar estudando o organismo híbrido para ver como o processo evolutivo vai se desenrolar. “Queremos saber se a evolução sempre vai para um único ponto, ou se encontra múltiplas soluções para um mesmo problema”, explica Kaçar.[Science Daily]

Os espermatozóides originaram-se a 600 milhões de anos

 

 

 
Um novo estudo descobriu que o gene responsável pela produção de espermatozóides é tão vital que sua função se manteve inalterada ao longo da evolução. Ele é encontrado em quase todos os animais, e provavelmente originou-se a 600 milhões de anos.
O gene, chamado Boule, parece ser o único exclusivamente necessário para a produção de espermatozóides nos animais, desde insetos aos mamíferos.
No estudo, foi detectada a presença do gene Boule no esperma em diferentes linhas evolutivas: humanos, mamíferos, peixes, insetos, vermes e marinhos invertebrados. A pesquisa usou esperma de um ouriço do mar, um galo, uma mosca de fruta, um homem e um peixe.
Os pesquisadores afirmaram que a descoberta é muito surpreendente, porque a produção de espermatozóides tende a mudar devido à forte pressão seletiva para genes específicos do esperma evoluir, ser um super macho para melhorar o sucesso reprodutivo. E este é o único elemento específico do sexo que não se alterou entre as espécies. O gene deve ser tão importante que não pode mudar.
A descoberta do papel crucial Boule na perpetuação da espécie pode ter muitas aplicações práticas para a saúde humana. Por exemplo, quando os investigadores retiraram o gene Boule de um rato, o animal pareceu saudável, mas não produziu espermatozóides. Um gene específico como esse pode ser ideal para um medicamento contraceptivo masculino.
Boule também tem o potencial para reduzir as doenças causadas por mosquitos e parasitas. A pesquisa sugere que a desregulação da função de Boule em animais irá perturbar a sua criação e colocar os parasitas sob ameaça ou germes sob controle. Isso poderia representar um novo rumo para o nosso desenvolvimento futuro de agrotóxicos ou medicamentos contra parasitas infecciosos ou portadores de germes.

Fertilidade masculina caiu 32% em apenas 17 anos

 


 
Muitos casais que têm dificuldade em engravidar e vão a clínicas de fertilidade sequer suspeitam que o problema pode estar na qualidade do esperma do marido. Segundo estudo publicado recentemente por pesquisadores da França, a infertilidade masculina é um fenômeno que merece mais atenção do que tem recebido.
Ao analisar amostras de esperma coletadas de 26,6 mil voluntários, a equipe percebeu que a concentração de espermatozoides vem caindo continuamente nas últimas décadas, de 73,6 milhões/ml para 49,9 milhões/ml em média (uma queda de 32,2% de 1989 a 2005).
“A queda da concentração de sêmen mostrada em nosso estudo significa que a média de valores que temos em 2005 caiu abaixo do nível considerado ‘fértil’ pela Organização Mundial da Saúde”, destaca a pesquisadora Joelle Le Moal. Houve participantes que apresentaram valores ainda mais baixos. Por outro lado, o estudo também mostrou que a média de espermatozoides “ativos” subiu de 49,5% para 53,6%.
Os resultados, porém, não deixam de ser preocupantes, especialmente porque condizem com os de outros estudos. Alguns pesquisadores suspeitam que condições ambientais podem estar por trás do fenômeno – há substâncias químicas que atrapalham a produção de hormônios e, assim, prejudicam a produção de gametas. Se uma pessoa é exposta a essas condições ainda na infância, o impacto pode continuar até a vida adulta. Le Moal acrescenta que, em alguns casos, o problema pode ser passado para a geração seguinte, se provocar alterações genéticas.
“No Reino Unido esse problema nunca foi visto como prioridade de saúde, talvez por causa de dúvidas quanto à possibilidade de a ‘queda na contagem de espermatozoides’ ser real ou não. Agora, só pode haver poucas dúvidas quanto a isso, portanto é hora de agir”, aponta o professor Richard Sharpe, da Universidade de Edinburgo (Reino Unido).
Na França, cientistas estão planejando um programa nacional de monitoramento da qualidade do esperma de cidadãos.[The Telegraph]

Mudar a vida também modifica seus genes


Genes Gene - Revista HypeScience
AVocê não pode mais reclamar que seus problemas de saúde estão “nos seus genes”, pois uma nova pesquisa descobriu que uma mudança no estilo de vida pode também modificá-los, para melhor.
O estudo acompanhou 30 voluntários diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco que haviam decidido não seguir com cirurgia, radioterapia ou terapia hormonal para combater a doença. » Exercício aeróbico rejuvenesce até 12 anos
Os homens fizeram mudanças radicais no estilo de vida incluindo uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos, legumes e produtos à base de soja; exercícios moderados como andar por 30 minutos todos os dias e uma hora de métodos de gerenciamento do estresse como meditação.
Como se esperava eles conseguiram perder peso, reduziram a pressão sanguínea, entre outros benefícios para a saúde. Mas as mudanças mais profundas foram observadas quando as biópsias do câncer efetuadas depois das mudanças no estilo de vida foram comparadas com as feitas anteriormente.
Depois de apenas três meses os homens tiveram mudanças na atividade de cerca de 500 genes, dos quais 48 estavam ligados e 453 estavam desligados. » Reduzindo seus riscos de câncer de mama
A atividade nos genes que previnem de doenças havia aumentado enquanto genes promotores de doenças — incluindo aqueles que envolviam o câncer de próstata e de mama — se desligaram de acordo com o estudo publicado na revista científica PNAS.
Afinal de contas parece que podemos sim fazer muito para mudar a atividade dos próprios genes e combater o surgimento de doenças ligadas à predisposição genética. Em apenas três meses é possível mudar centenas de genes simplesmente mudando como se vive.
As implicações deste estudo não estariam limitadas a homens com câncer de próstata.

Mutações raras podem causar doenças comuns

 


 
Quando falamos em mutação genética rara você já pensa em um X-Men? Pode esquecer essa imagem. Pesquisadores descobriram que mutações raras podem ser responsáveis por doenças comuns. E, mais, descobrir que mutações são essas pode ser a chave para um mundo mais saudável.
A última descoberta dos cientistas foi que uma pequena malformação em um gene chamado SIAE foi encontrada em 24 de923 indivíduos que sofriam de doenças auto-imunes (artrite reumatóide e lúpus, por exemplo).
Segundo os pesquisadores, quando esse gene é “desativado” nos ratos de laboratório, ele permitiria ao sistema imunológico atacar tecido saudável do próprio organismo – exatamente o que uma doença auto-imune faz. Mas não seria apenas um defeito desses que tornaria uma pessoa suscetível e sim o acúmulo de uma dúzia desses defeitos que desenvolveriam uma doença mais complexa.
Para descobrir que genes podem, ou não, estar ligados a essas doenças, o método que os cientistas estão usando analisa pessoas com a doença e pessoas saudáveis, comparando os genes e procurando por mutações.
No entanto, os especialistas avisam que não devemos ficar muito esperançosos, já que não seriam todas as doenças que poderiam ser identificadas através desse método. [LiveScience]

Estamos nos transformando em mutantes?

 


 
Um estudo recente determinou a idade de mais de um milhão de mutações em uma única base (letra) do DNA, e descobriu que mais de 86% das nossas mutações danosas surgiram nos últimos 5.000 a 10.000 anos. As mutações restantes em sua maioria são inócuas e algumas poucas podem até mesmo ser benéficas.
A explicação para tantas mutações nos últimos anos, segundo os especialistas, é a explosão demográfica que aconteceu com o surgimento das cidades, cerca de 8.500 anos atrás. Dos cerca de 100.000 anos que a humanidade existe, houve um evento de quase extinção 50.000 anos atrás, quando a população humana baixou muito, e a humanidade remanescente se tornou geneticamente muito similar.
O estudo determinou a distribuição das idades de mutação pelo sequenciamento de 15.336 genes que codificam proteínas em 6.515 pessoas, das quais 4.298 eram de origem europeia, e 2.217 africanos.
Segundo o Dr. Joshua Akey, professor associado de ciência genômica da Universidade de Washington em Seattle (EUA), um dos participantes da pesquisa, “em média cada pessoa tem cerca de 150 novas mutações que não estão presentes em seus pais. O número das mudanças genéticas que são introduzidas na população depende do tamanho da mesma”.
Populações maiores, multiplicando-se continuamente pela produção de novas crianças, têm mais oportunidades para o surgimento de novas mutações. Assim, o número de mutações aumenta com o crescimento acelerado da população, como a explosão demográfica que começou 5.115 anos atrás.
Uma das descobertas é que as populações europeias possuem um excesso de mutações danosas em genes essenciais, aqueles que são necessários para crescer até a idade adulta e ter filhos, e em genes ligados a doenças mendelianas, ou seja, ligadas à mutação de um único gene.
Outra descoberta é que as mutações mais antigas têm a tendência de ser menos prejudiciais, e certos genes apresentam apenas mutações mais recentes e danosas, entre eles 12 genes ligados a doenças como a falência de ovário prematura, Alzheimer, endurecimento de artérias cardíacas, e uma forma de paralisia herdada.
Os cientistas também notaram que mutações que afetam genes envolvidos em rotas metabólicas – reações químicas no corpo que geram e armazenam energia – tendem a não ser eliminadas pelas forças da seleção. Metabolismo aberrante contribui para a diabetes, distúrbios lipídicos, obesidade e resistência à insulina, todas doenças modernas.
Mas, apesar da maior capacidade mutacional resultante do crescimento populacional levar a uma incidência maior de doenças genéticas, há um lado bom: as mutações respondem pela grande variação de traços dos humanos modernos, e elas podem ter criado um novo repositório de variações genéticas vantajosas que a evolução adaptativa pode selecionar em gerações futuras.
O trabalho é o resultado da colaboração entre muitos cientistas genômicos, geneticistas médicos, biólogos moleculares e bioestatísticos na Universidade de Washington, Universidade de Michigan, Colégio de Medicina Baylor em Houston, o Instituto Broad no MIT e Harward, e o Grupo de Trabalho de Genética Populacional. O estudo é parte do Projeto de Sequenciamento Exome do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue, do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.[ScienceDaily]

De onde viemos: a fabulosa árvore genealógica humana

 


Os seres humanos (Homo sapiens) anatomicamente modernos originaram-se na África há cerca de 200 mil anos, atingindo seu comportamento moderno conhecido há apenas cerca de 50 mil anos. A evolução foi longa para chegarmos até aqui.
É como um quebra-cabeça que vai sendo montado lentamente enquanto são achados fósseis de nossos antepassados. No gráfico abaixo, você confere as peças dessa árvore genealógica humana que abrange nossa evolução desde 5 milhões de anos atrás até o presente.

Para entender o gráfico:

• Cada barra colorida representa o intervalo de tempo que se acredita que cada espécie viveu, com base nos fósseis encontrados até agora. As barras pontilhadas indicam os descendentes. Pesquisadores diferentes fazem essas ligações de maneiras distintas, preservando a mesma sequência cronológica.
• Sob o nome de cada espécie, você encontra as áreas em que a maioria dos fósseis foi encontrada.
• Os números em branco dentro das barras coloridas indicam aproximadamente quantos fósseis de indivíduos distintos de cada espécie foram encontrados.
• Como você pode observar, algumas regiões estão vagas, com pouquíssimos indivíduos conhecidos – muitos deles representados apenas por um dente ou fragmento de osso. As conexões evolutivas entre os australopitecos e o Homo erectus, incluindo as relações evolutivas entre as espécies de hominídeos Homo habilis, ergaster e erectus, ainda precisam de muitos esclarecimentos.
• Quatro espécies humanas propostas pela literatura científica - H. floresiensis, H. pekinensis, H. georgicus e H. rhodesiensis – foram omitidos da árvore genealógica.

Hominídeos


Segundo a taxonomia atual (com base na genética, em vez de características comportamentais), o termo “hominídeo” refere-se aos membros da família Hominidae: pertencem a ela seres humanos atuais, todos os seres humanos ancestrais, os pertencentes ao gênero australopitecos e nossos parentes primatas mais próximos, nomeadamente o chimpanzé o gorila.

Evidências fósseis

Fósseis de hominídeos são preciosos – não importa o tamanho ou condições. Esqueletos completos são raros em nossos tempos. Dentes, ossos faciais e cranianos são os restos de fósseis mais comuns que sobrevivem ao longo dos séculos. Crânios quase nunca são encontrados intactos, e normalmente são reconstruídos a partir de fragmentos.
Quando cientistas chegam a conclusões específicas sobre comportamento de nossos antepassados, eles precisam de partes específicas do esqueleto. Por exemplo, a postura agachada ou em pé pode ser interferida a partir da conexão da coluna vertebral com o crânio, enquanto o bipedismo exige análise de ossos da coxa, joelho ou articulações do pé. Já os crânios são usados para investigar a evolução do cérebro dos hominídeos