domingo, 27 de janeiro de 2013

O cosmo possui uma história anterior ao Big Bang


Por em 28.11.2010 as 11:11


Segundo cientistas, o Universo apresenta “ecos” de eventos que aconteceram antes do Big Bang. Essas marcas podem ser vistas nas microondas de radiação que preenchem o Universo.
O cosmologista Roger Penrose afirma que os eventos parecem como “anéis” ao redor de aglomerados de galáxias. Ele criou o termo “aeon” para se referir a uma era do universo, como diferentes eras da história. Segundo Penrose, houve aeons antes do nosso, que culminaram no evento Big Bang e que deram início ao nosso aeon.
Para chegar a essa conclusão, Penrose e Vahe Gurzadyan (cientista da Universidade Yerevan, da Armênia) analisaram as temperaturas praticamente uniformes que preenchem os espaços vazios do Universo. Eles pesquisaram quase 11 mil lugares, especialmente galáxias que se fundiram e criaram buracos negros enormes.
Quando esses buracos negros são criados, há uma enorme liberação de energia. Se os mesmos eventos se repetem em diferentes aeons, ou seja, as mesmas coisas acontecem em diferentes períodos da história do universo, se repetindo infinitamente, essas energias de aeons passados poderiam ser encontradas.
A pesquisa mostrou 12 eventos em que há “anéis” de energia ao redor de estruturas espaciais, alguns com até cinco anéis de energia, mostrando que eventos massivos poderiam sair desses objetos mais de uma vez na história.
A descoberta é fascinante porque pode mostrar que tudo no universo é cíclico, incluindo a vida na Terra e nossa própria existência.
Qual a sua opinião, leitor? Acha que isso é possível? Nos deixe sua opinião nos comentários! [BBC]

A grande história do universo em apenas 18 minutos



Por em 25.01.2013 as 15:43

Como o universo veio a existir? Por que funciona desta maneira? Por que nos encontramos neste pequeno planeta cheio de vida? Se você quiser saber mais sobre a humanidade deve perguntar sobre todo o universo.
explicamos em detalhes cada um destes eventos da linha do tempo do universo. Mas esta fabulosa palestra do TED recapitula de maneira eloquente como o universo cria complexidade falando sobre toda a sua história desde 13,7 bilhões de anos atrás.
Munido com belas ilustrações David Christian narra toda a história do universo, desde o Big Bang à internet, em apenas 18 minutos.
Esta é a “Grande História”: uma esclarecedora e ampla visão sobre a complexidade, a vida e a humanidade, em contra-ponto à nossa exígüa existência na linha de tempo cósmica.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Como as cidades influenciariam a evolução humana?

 

Por em 27.09.2010 as 21:06


 
Um novo estudo descobriu que as cidades provavelmente foram um fator que influenciou a evolução humana.
Os pesquisadores concluíram que a aglomeração das cidades ajudou doenças a se espalharem. Depois, sendo que alguns moradores eram mais vulneráveis as doenças, as cidades aumentaram as chances de que, ao longo do tempo, os descendentes dos sobreviventes resistissem a infecções.
Dessa forma, o resultado foi positivo para a evolução humana no sentido de criar resistência à doenças.
O estudo foi conduzido por um biólogo evolutivo da Universidade de Londres e seus colegas. Eles focaram a pesquisa em uma variante genética. Esta variante está associada à resistência natural do organismo aos germes que habitam e se alimentam no interior das células humanas, como a tuberculose e a lepra (hanseníase).
Eles analisaram amostras de DNA de 17 populações modernas que tinham ocupado as suas cidades em diferentes períodos de tempo. As cidades variavam de Catalhoyuk, na Turquia, estabelecida em cerca de 6000 a.C., a Juba, no Sudão, povoada no século XX.
Os pesquisadores reconheceram que o estudo pode não ser muito exato, e que outros especialistas podem enxergar problemas nas datas de assentamento urbano usadas por sua equipe. Segundo eles, as datas aproximadas para a fundação de grandes cidades foram fixadas a partir de registros arqueológicos e históricos. Eles assumem que esses números nunca serão totalmente certos, mas eram as melhores estimativas que poderiam ser feitas, e que não invalidam os resultados da pesquisa.
Os cientistas descobriram uma ligação significativa entre a ocorrência dessa variação genética e a duração da ocupação urbana. Pessoas de áreas urbanas mais antigas eram mais adaptadas a resistir a esses tipos de infecções. Por exemplo, nas áreas habitadas por mais de 5.200 anos, como Susa, no Irã, as pessoas quase certamente possuíam a variante, enquanto em cidades de apenas algumas centenas de anos, como Yakutsk, na Sibéria, apenas 70 a 80% da população teria a variante.
Porém, uma limitação do estudo é que muitas populações em diversas regiões podem ter sido substituídas com frequência ao longo da história. Isto poderia significar que as populações estudadas não passaram por uma seleção natural ao longo dos séculos ou milênios.
Ainda assim, a pesquisa demonstra uma evolução, com a urbanização tendo um impacto sobre o genoma humano.
Existem outras coisas além de doenças que podem ter causado alterações de comportamento, por exemplo, que tipo de mudanças nos genes, se for o caso, podem ter apoiado mudanças culturais provocadas por cidades? Essa é apenas mais uma questão de como as cidades influenciaram a evolução humana, e que precisa de mais estudos para ser respondida. [MSN]

10 possíveis próximos passos da evolução humana

 

Por em 29.12.2012 as 16:00


ACOMPANHE NOSSOS ARTIGOS
A evolução humana não é somente algo do passado. Embora tenhamos mesmo evoluído durantes todos esses milhões de anos, ainda não paramos de evoluir. Isso significa que ainda há muito espaço para melhoras, e, se a civilização continuar no mesmo caminho que trilha hoje, algumas grandes mudanças podem ser esperadas para os próximos 200.000 anos. Confira dez delas:
1 – Monoetnia

Multiculturalismo é a essência da sociedade moderna. Não deve ser surpresa, então, que os seres humanos evoluam para um único grupo étnico, se a mistura das culturas continuar. Conforme a miscigenação se tornar mais comum, os seres humanos perderão lentamente as características distintivas de sua etnia, e assumirão características de diversas partes do mundo. Uma pesquisa até indicou que todos se parecerão como os brasileiros (um povo bastante miscigenado) em “pouco” tempo. Há uma vantagem óbvia nisso: “raça” já não será mais um problema.
2 – Sistema imunológico fraco

Conforme os seres humanos tornam-se mais e mais dependentes de medicamentos para a sobrevivência, o sistema imunológico vai enfraquecendo lentamente. A melhor maneira de explicar isso é com um exemplo: o uso de hormônios. Imagine um futuro em que, com a ajuda de suplementos, você possa regular seus hormônios para maximizar o seu bem-estar. Com o tempo, seu corpo se tornaria dependente dos hormônios adicionais, ao ponto de parar de fazer por si mesmo o que os suplementos podem fazer em seu lugar. Os processos que criam hormônios se tornariam menos importantes para a sobrevivência, uma vez que o seu corpo sempre tem o suficiente, graças aos suplementos. Depois de dezenas de milhares de anos, é provável que os seres humanos evoluam ao ponto de hormônios não serem mais criados organicamente dentro de nosso corpo.
Se ajuda externa fosse inteiramente responsável pela nossa sobrevivência, muitas de nossas funções internas poderiam se tornar obsoletas. Por que o seu corpo precisaria de um poderoso sistema imunológico se todos os patógenos pudessem ser curados com medicação? De fato, é uma desvantagem da utilização de medicamentos para combater doenças.
3 – Menos massa muscular

Há duas causas previsíveis para o enfraquecimento físico gradual da raça humana. A primeira é a nossa crescente dependência da tecnologia – e de máquinas, em particular – para fazer o nosso trabalho sujo. Quanto menos cada geração depender da força física, mais provável é que toda a espécie fique mais fraca.
A segunda causa possível para a atrofia muscular é um pouco mais impressionante: envolve um cenário em que nós temos que mudar para o espaço. Em tal cenário, a força física é quase desnecessária para o dia-a-dia. Eventualmente, perderíamos a maioria de nossa massa muscular.
4 – Mais altura

A altura humana tem crescido rapidamente nos últimos dois séculos. Ao longo dos últimos 150 anos, a altura média da espécie aumentou 10 centímetros. Acredita-se que a principal força motriz por trás deste crescimento é a abundância de nutrição disponível para muitos de nós. Quanto mais a criança tem para comer, mais energia ele ou ela tem para crescer. Enquanto tivermos a capacidade de comer em excesso, a espécie vai continuar a crescer (e ficar mais alta). Se o céu é o limite, ou se a biologia vai nos parar em algum lugar, só o tempo – e a evolução – dirá.
5 – Menos pelo

Já perdemos a maior parte do pelo do nosso corpo por uma série de razões. Seguindo esse caminho, é provável que os seres humanos se tornem ainda mais carecas ao longo do tempo. As mulheres, em particular, são frequentemente vistas como mais atraentes com menos pelo em várias partes de seus corpos. Como esse traço oferece vantagem a um indivíduo quando se trata de atratividade sexual, podemos postular que, ao longo do tempo, as mulheres evoluam para ter menos pelo. O mesmo pode ser dito para os homens, mas como há menos pressão social para que tenham pele lisa, a mudança permanente provavelmente ocorrerá mais lentamente.
6 – Mudanças cerebrais

A tecnologia já afetou a forma como a nossa memória funciona. O cérebro humano, sendo uma máquina em busca da máxima eficiência, tipicamente memoriza o ponto onde a informação é armazenada, em vez de a própria informação. É muito mais fácil de lembrar onde você colocou o livro com as informações do que recordar o conteúdo real do livro, não é mesmo? Na era da internet, essa peculiaridade mental tornou-se especialmente importante. Nós não tentamos mais decorar números de telefones, simplesmente os buscamos. Não tentamos lembrar de respostas, as pesquisamos na web,e assim por diante. Conforme a tecnologia se torna mais avançada, o nosso cérebro vai se adaptar a fim de maximizar sua eficiência, talvez em detrimento de nossa memória.
7 – Dentes menores

A mudança mais óbvia em nossos maxilares será o desaparecimento dos dentes do siso, que não tem mais utilidade aos seres humanos modernos. Muitos grupos étnicos já têm baixas taxas de ocorrência desse tipo de dente. Além disso, também podemos esperar que os nossos dentes fiquem menores. Ao longo da evolução do homem, tem havido uma tendência geral para dentes pequenos. Evidências mostram que nos últimos 100.000 anos, nossos dentes reduziram pela metade em tamanho. Nossos maxilares também encolheram. A tendência deve continuar, especialmente porque nossa comida é cada vez mais facilmente digerível.
8 – Menos dedos do pé

Antes dos humanos andarem eretos, nossos dedos eram usados para a luta, assim como nossas mãos. Conforme dependemos menos da escalada e mais de ficar de pé, nossos pés têm lentamente se reduziram ao seu tamanho atual. A evolução agora caminha para livrar-nos do nosso quinto dedo do pé, o menor. Em comparação com os dedos maiores que servem para nos dar equilíbrio e andar, os pequenos não servem de nada, e podemos sobreviver muito bem sem eles. Devido a isso, e por causa dos problemas que surgem a partir de sua existência desnecessária – como serem frequentemente esmagados em sapatos e em esbarrões com objetos -, podemos esperar que os humanos se tornem uma criatura de quatro dedos.
9 – Crânios menores ou maiores

Duas escolas de pensamento existem sobre a questão do volume do nosso crânio. Uma, que conta com o apoio de muitos cientistas, afirma que nosso crânio está no limite de seu tamanho. Qualquer pessoa que tenha dado à luz sabe que a cabeça de uma criança já é, para falar diplomaticamente, bastante grande. Por esta razão, muitos biólogos acreditam que uma cabeça maior tornaria o nascimento impossível – algo que o processo evolutivo eliminaria gradualmente rapidamente, sem dúvida. A grande cabeça no nascimento é também mais propensa a ferir ou matar a mãe. Assim, parece inevitável que o tamanho da nossa cabeça fique o mesmo, ou até menor.
No entanto, isso ignora o fato de que cesarianas são comuns e oferecem oportunidades para a sobrevivência de crianças com grandes cabeças. Na verdade, alguns acreditam que a cesárea acabará por ser mais segura do que o parto natural no futuro, o que leva à possibilidade de que as crianças com cabeças pequenas, naturalmente entregues, sobrevivam menos. Mas tal dependência seria perigosa para os seres humanos. Se humanos “cabeçudos” perdessem a capacidade de realizar cesarianas, poderíamos esperar uma extinção rápida.
10 – Autoevolução

Os seres humanos podem, eventualmente, chegar a um ponto no qual “forcem” a evolução em si mesmos através do uso da tecnologia. Seja através de órgãos biônicos, por exemplo, ou por meio de seleção genética, na qual futuros pais escolhem as características de seu filho antes do nascimento, a evolução humana deverá caminhar por essa estrada. A seleção genética, em particular, pode levar rapidamente a um boom de “bebês projetados”, nos quais todos os defeitos e traços indesejáveis podem ser removidos. Se isso se generalizar, poderia potencialmente forçar muitos traços humanos (negativos ou não) à extinção.[Listverse]

Os 10 maiores mistérios da evolução humana

 

 
Por em 31.03.2012 as 11:00


Teóricos antigos, Charles Darwin, a genética e a ciência moderna ainda não foram capazes de solucionar completamente os mistérios relacionados à nossa evolução.
Existe sólido conhecimento produzido sobre os conceitos de evolução, mas o senso comum ainda desconhece a maior parte deles.
Confira uma lista com dez destes pontos obscuros.

10 – Por que não somos mais parecidos com os macacos?

Coloque lado a lado o DNA do homem e o do chimpanzé e você descobrirá que existe uma diferença de pouco mais de 1% entre nós e eles. Até as cadeias de cromossomos de ratos e camundongos, por exemplo, têm menos em comum entre si do que nós e os outros primatas. Apesar disso, somos muito diferentes.
A principal razão para isso é a própria genética. Quando se trata de cadeias de DNA, uma ínfima mudança de ordem pode incorrer em uma grande alteração no fenótipo. Apenas 1% difere entre chimpanzés e humanos, mas estas alterações se espalham por 80% dos nossos cerca de 30 mil genes. Dessa maneira, fica fácil haver duas espécies completamente distintas.
9 – Por que nos tornamos bípedes?

Os ancestrais do homem são bípedes há muito mais tempo do que se imagina. Darwin sugeriu que o ser humano passou a caminhar sobre duas pernas com o intuito biológico de deixar as mãos livres para a confecção de ferramentas. Cientistas posteriores, no entanto, derrubaram essa tese ao afirmar que o bipedalismo é 4 milhões de anos mais antigo que as primeiras ferramentas, logo, uma coisa está desvinculada da outra.
Um exame evolutivo mais apurado, feito por vários pesquisadores, mostra que há várias razões para que nós tenhamos deixado de ser quadrúpedes. Em parte, pode haver vínculo com a velha seleção natural, em que os bípedes levavam vantagem entre brigar melhor, economia de energia ao se movimentar, etc. O bipedalismo teria começado em árvores ou outros ambientes em que os quadrúpedes precisam de maior habilidade de locomoção.
8 – Por que o desenvolvimento tecnológico foi tão lento?

Uma descoberta relativamente recente (há cerca de duas décadas), em Afar, na Etiópia, mudou o modo como os cientistas enxergam a evolução dos instrumentos manuais. Lascas de pedra neste local foram datadas de 2,6 milhões de anos, muito mais antigamente do que se imaginava. A nova questão a intrigar os pesquisadores passou a ser o motivo de a revolução tecnológica seguinte levar tanto tempo para acontecer.
Uma das razões foi o lento amadurecimento do sistema nervoso central. Nos dois milhões de anos posteriores ao aparecimento das primeiras ferramentas, o cérebro humano dobrou de volume, atingindo 900 centímetros cúbicos. Entre os ganhos neste aumento, incluem-se as capacidades motoras, o que propiciou a evolução.
7 – Quando desenvolvemos a linguagem?

Anatomicamente falando, o Homo sapiens não foi a única espécie do mundo a ter habilidade para a fala. Os Neandertais tinham língua e estrutruras vocais e respiratórias próprias para a função de se comunicar, e indícios apontam para a existência de fala na espécie há cerca de 500 mil anos. O pontapé inicial da comunicação pode estar por volta desta época.
Apesar de não propriamente falarem, no entanto, hominídeos que teriam vivido na Terra algumas centenas de milhares de anos antes já gesticulavam. Ainda antes da fala em si, seu corpo já apresentava um órgão primitivo que se assemelhava a uma “caixa de voz”, e permitia a emissão de sons altos.
6 – Por que nosso cérebro é tão grande?

Alguns primatas, durante sua linha evolutiva, desenvolveram fortes músculos na mandíbula. Isso amplia a pressão sobre o crânio, inibindo o desenvolvimento físico do cérebro. O ancestral do ser humano, há cerca de dois milhões de anos, tomou o sentido contrário: uma mutação genética favoreceu o crescimento do cérebro.
Pouca gente imagina, mas um cérebro bem desenvolvido é literalmente faminto, ou seja, foi preciso que os hominídeos desenvolvessem uma dieta mais rica em vários nutrientes (derivados da carne, inclusive) para ampliar o próprio potencial.
5 – Por que somos pelados?

Uma ideia já levantada para o fato de os hominídeos terem perdido os pelos foi o fato de entrarem mais na água (em rios e lagos). Com a mudança de adaptação à temperatura externa, teríamos perdido a necessidade de tanta “cobertura”. A teoria mais aceita, no entanto, defende que nos livramos dos pelos porque estávamos superaquecendo, e não nos resfriando.
Enquanto nos restringimos a florestas tropicais, onde a temperatura é amena devido à cobertura vegetal, ser peludo não era problema. Mas a partir do momento em que nossos ancestrais passaram a habitar áreas abertas e com a mesma alta temperatura, o único artifício para resfriamento corporal era o suor. Nesta etapa, os pelos se tornaram um entrave evolutivo, e foram pouco a pouco descartados.
4 – Como aconteceu nossa diáspora?

Já é famosa a postulação de que os hominídeos partiram da África em direção a outras regiões do planeta. Há cerca de 1,8 milhões de anos houve ancestrais na Ásia e há uns 800 mil na Europa, mas estas espécies primitivas foram extintas. O ser humano se expandiu a partir do continente africano há cerca de 65 mil anos, um feito inédito para qualquer espécie animal.
Uma das explicações para a diáspora foi a instabilidade climática que a África vivenciava naquela época. O que estimulou o crescimento populacional foram as conquistas materiais dos hominídeos, tais como o domínio do fogo e tecnologias rudimentares de defesa, transporte e obtenção de alimento. O fato de andar, conforme explicam os cientistas, não era suficiente. Era preciso saber transformar os novos ambientes conquistados.
3 – Alguns humanos podem ser “híbridos”

A ideia de que todos os humanos de hoje possuem uma genética descendente de um ancestral único parece ser um erro. Estudos recentes mostram que os melanésios (etnia que habita ilhas no Pacífico Sul) têm 7% dos genes derivados do Hominídeo de Denisova, espécie primitiva descoberta recentemente, que teria sido extinta na região onde hoje está a Sibéria, na Rússia.
Isso significa que diferentes espécies ancestrais do homem teriam acasalado entre si, e algumas diferenças de DNA permanecem até hoje. Dessa maneira, a grosso modo, nem todos seríamos completamente Homo sapiens. Mas estas teorias nunca foram completamente confirmadas e ainda enfrentam grande contestação da comunidade científica.
2 – Ainda há outros hominídeos vivos hoje?

Provavelmente não. Embora haja lendas tais como o “Pé Grande” ou o Iéti (abominável homem das neves), de criaturas que lembram humanos, nada passou perto de ser comprovado. As supostas pegadas do Pé Grande (que habitaria a América do Norte), por exemplo, parecem ter sido simplesmente impressas por ursos, de acordo com pesquisas recentes.
Apesar disso, alguns sinais apontam para a ideia de que certas espécies coexistiram com o Homo sapiens mesmo depois que ele já havia superado os estágios evolutivos e as espécies primitivas “clássicas”, como o Homo erectus, já estavam extintas há muito tempo. Uma delas, o Homo florensis, foi descoberta da Ilha de Flores, na Indonésia, e teria vivido há até 18 mil anos atrás.
1 – Nós matamos os Neandertais?

Aparentemente, a culpa para a extinçao dos Neandertais recai justamente sobre os ancestrais do Homo sapiens moderno. Os Neandertais teriam se instalado há mais de cem mil anos em cavernas da Rocha de Gibraltar, na Espanha, e de lá se espalharam pela Europa e Ásia. Quando chegou a nossa vez de se expandir a partir da África, no entando, teríamos levado doenças que dizimaram pouco a pouco os Neandertais, até sua extinção há cerca de 24 mil anos.
O cérebro deles, conforme apontam os estudos, era de tamanho semelhante ao nosso. O que determinou nossa “vitória” sobre eles na face da Terra, no entanto, teria sido diferentes atribuições da massa cerebral: enquanto eles dedicavam boa parte a habilidades como a visão noturna, nosso cérebro foi programado para tarefas mais versáteis em termos de adaptação. Dessa maneira, eles sucumbiram. [NewScientist]

Cérebro das crianças é um retrato da evolução humana

 

Por em 12.07.2010 as 22:50


Um recém-nascido não nasce com o mesmo cérebro que o acompanhará na vida adulta. A razão para isso é muito simples, ao dar à luz, um cérebro de tamanho adulto nem passaria pelo quadril da mãe no parto – ou pelo menos não passaria com a mesma facilidade. Como o cérebro de um bebê é muito pouco desenvolvido, algumas áreas são mais desenvolvidas do que outras no nascimento, e a “escolha” para essas áreas não é ao acaso: é devido às primeiras necessidades da criança – por exemplo, a visão, já que ela deve reconhecer seus pais desde o princípio.
Com o passar dos anos, as áreas do cérebro vão se desenvolvendo, cada uma ao seu ritmo. Uma recente pesquisa da Universidade de Washington (EUA) enunciou que o desenvolvimento do cérebro de uma criança pode ser comparado à progressão do cérebro do homo sapiens ao longo dos milhões de anos de evolução.
A teoria, no fundo, é simples: eles perceberam que, no cérebro de macacos, as áreas mais desenvolvidas são praticamente as mesmas do que no cérebro de bebês. Com o passar do tempo, nós humanos adquirimos habilidades de linguagem, raciocínio e outras funções mentais avançadas (de responsabilidade do córtex cerebral, que é uma área incipiente no nascimento e a campeã de crescimento e aperfeiçoamento nos anos de infância), que vão além da capacidade dos macacos – e dos bebês.
Assim, da mesma maneira que nosso cérebro ganhou recursos ao longo de milhões de anos para que pudéssemos nos tornar os primatas inteligentes que somos hoje, o cérebro de uma criança vai evoluindo até que ela possa ter as faculdades mentais de um adulto. [Live Science]

Pessoas não acreditam na teoria da evolução por medo


Por em 29.09.2010 as 20:01




Para a maioria dos cientistas, biólogos, mestres e doutores, a evolução foi a força motora que criou a vida na Terra e o homem em sua forma atual. As evidências da evolução são, no campo da ciência, muito fortes.
Porém, uma pesquisa americana de 2007 descobriu que a população não pensa assim. 44% dos que responderam a enquete afirmaram acreditar que Deus criou o homem na sua forma atual (criacionismo puro) e 44% disseram que acreditavam que foi Deus quem guiou a evolução humana (design inteligente).
Agora, um estudo da Universidade de Amsterdã oferece pistas fascinantes que podem explicar por que algumas pessoas rejeitam a evolução.
O estudo incluiu 140 estudantes divididos em duas categorias. Com os estudantes da primeira categoria, foi feito apenas um questionário. A segunda categoria teve que participar de um jogo onde tiveram que recordar uma situação passada que ameaçou suas vidas sobre a qual eles não tinham controle. Depois, tiveram que dar três razões porque o futuro é incontrolável.
O resultado da pesquisa apontou que, enquanto algumas pessoas não acreditam na evolução por motivos religiosos, o fator determinante para muitas outras pessoas negarem a teoria da evolução parece ser o medo da aleatoriedade e das circunstâncias descontroladas.
Todos os alunos também foram convidados a escolher qual teoria da evolução eles sentiam que era mais válida entre as três mais populares: a evolução tradicional, que é a teoria padrão da evolução, e que destaca que a seleção natural é geralmente um processo aleatório em que as características imprevisíveis do ambiente natural determinam os resultados; o plano inteligente, uma teoria baseada na religião, que diz que a evolução foi guiada por uma divindade, e não por processos aleatórios; e uma nova teoria da evolução não-aleatória, uma visão da evolução pela seleção natural, que descreve como a evolução da vida não é aleatória, mas ordenada e previsível, descrita em 2006 pelo paleontólogo Simon Conway Morris.
Os voluntários não-condicionados (aqueles da primeira categoria), em sua maioria, preferiram a tradicional teoria da evolução. Já os voluntários da segunda categoria, que tinham o tema da incerteza em suas vidas fresco em suas mentes, foram 15% mais propensos a escolher o design inteligente, e 25% mais propensos a apoiar uma teoria não-religiosa da evolução ordenada.
A Teoria da Evolução de Darwin como a representação de um processo ordenado e previsível (teoria 3) reduziu a necessidade de reforçar a crença em um agente sobrenatural. Em outras palavras, o aumento da crença religiosa é anulado quando há outras opções para “restaurar a ordem”.
Assim, dizem os pesquisadores, talvez a resistência à teoria da evolução baseie-se menos nas crenças religiosas das pessoas e muito mais em um medo da condição humana da incerteza.
O debate sobre evolução determina uma série de medidas, incluindo o currículo de escolas públicas, concessões de pesquisa para faculdades, e outras.
Esse estudo, ao determinar que parte do bloqueio mental para a evolução está na incerteza, pode ajudar universitários e professores de escolas públicas a apresentarem a teoria da evolução de uma forma menos ameaçadora e, finalmente, convencer o público cético desta ideia que a maioria dos cientistas profissionais acredita, suportados por evidências conclusivas. [DailyTech]

Vaticano afirma que Teoria da Evolução é compatível com o Criacionismo


Por em 8.08.2010 as 19:26


Segundo representantes do Vaticano, a Teoria Evolucionista de Darwin seria compatível com a versão da história de Adão e Eva no Jardim do Éden.
O Arcebispo Gianfranco Ravasi, chefe do Pontifício Conselho de Cultura, disse que apesar da Igreja ter sido contrária ao evolucionismo, raízes da idéia de Darwin poderiam ser rastreadas até São Tomás de Aquino e São Agustinho.
Segundo o padre Giuseppe Tanzella, Professor de Teologia da Pontifícia Universidade de Santa Cruz, em Roma, São Agustinho nunca usou o termo “evolução”, mas sabia que peixes menores eram comidos pelos maiores e que as formas de vida se transformavam com o passar dos anos. Tomás de Aquino,de acordo com Tanzella, também tinha idéias similares.
O Vaticano está propondo a idéia do “Design Inteligente”, que tornaria Deus responsável pela complexidade das criaturas e também pela evolução. De acordo com Ravasi, as teorias de Darwin nunca foram propriamente condenadas pela Igreja e o Papa Pio XII teria dito, há 50 anos, que a evolução era uma hipótese válida para entender o desenvolvimento dos humanos.
Segundo religiosos, os ateístas militantes estão afastando as pessoas das teorias evolucionistas usando-as para atacar a religião, enquanto já está na hora dos criacionistas perceberem as evidências da evolução.
Agora como, exatamente, Adão e Eva, a serpente, e a Evolução podem caminhar juntos, ainda não foi explicado. [Telegraph]

Teria Darwin plagiado Wallace na Teoria da Evolução?


Por em 12.03.2012 as 12:23


Nas últimas quatro décadas, Charles Darwin tem sido acusado de ter guardado o trabalho de seu colega naturalista Alfred Russel Wallace por quinze dias, impedindo-o de revisar os elementos de sua teoria da evolução. Darwin então pode anunciar a sua teoria da evolução pela seleção natural, em 1858.
Mas, apenas recentemente, dois pesquisadores, o historiador John van Wyhe e o colaborador Kees Rookmaaker, reconstruíram a rota feita pela carta de Wallace para Darwin, descobrindo evidências de que o primeiro a enviou um mês depois do que os historiadores imaginavam. Isso limparia Darwin das acusações que vinha sofrendo.
A controvérsia
Alfred Russel Wallace, o naturalista que passou oito anos em Singapura e no sudeste da Ásia entre 1854 e 1862, descobriu a evolução pela seleção natural independentemente de Charles Darwin. Wallace teve um momento “eureca” quando vivia na ilha de Ternate, na Indonésia. Ele escreveu suas ideias em um trabalho enviado em 1858 para Charles Darwin, para que ele o repassasse até o geólogo Charles Lyell. Os acusadores dizem que Darwin segurou o trabalho por 15 dias, mentindo sobre a data de recebimento, para que ele próprio revisasse as ideias de Wallace.
O trabalho de Wallace foi publicado junto com o de Darwin, em 1858, e marca a primeira publicação da teoria da evolução, que depois resultou em uma das maiores revoluções na história da ciência.
Como o mistério começou
Em 1972, um pesquisador descobriu outra carta de Wallace, para um amigo chamado Bates, enviada em março de 1858, da ilha de Ternate. A carta ainda guarda os selos de Singapura e Londres, que revela a chegada da carta na capital inglesa em três de junho de 1858 – duas semanas antes da data que Darwin afirma ter recebido o trabalho de Wallace. Assim começa o mistério – como duas cartas de Wallace, que viajaram juntas no mesmo caminho, chegaram em datas distintas? Isso deu asas a várias teorias, incluindo a que afirma que o famoso cientista guardou o trabalho de Wallace durante as duas semanas.
Mas Darwin recebeu a carta quando disse, ou não?
“No começo eu assumi que era impossível resolver esse mistério, já que muitos historiadores já haviam se debruçado sobre ele antes. Mas me ocorreu que não existe evidência contemporânea da data que Wallace enviou o trabalho para Darwin, apenas que ele o enviou logo após escrevê-lo, em fevereiro. Isso sugere que o envio aconteceu em março de 1858. Mas isso é apenas uma lembrança, que não serve como evidência. A outra diz que Darwin recebeu o trabalho em 18 de junho de 1858, e parece mais confiável. Então me ocorreu de traçar o caminho da carta a partir de Darwin, e não Wallace”, comenta van Wyhe.
O pesquisador descobriu que um carregamento havia chego à Inglaterra no dia 16, com cartas da Índia e do Sudeste da Ásia. Isso com certeza não era uma coincidência – a carta de Wallace tinha que estar naquele navio. Ele, e seu colaborador, Kees Rookmaaker, checaram o caminho do barco, que passou por vários países.
“Eventualmente, o caminho do correio foi completo. E nós ficamos espantados em saber que Wallace havia enviado a carta em abril, e não em maio, como muitos pensavam”, comenta van Wyhe.
“Primeiro de tudo, nós sabemos que Wallace estava respondendo uma carta de Darwin enviada antes, e que essa chegou à Ternate em março. Isso revela que ele nunca respondeu a uma carta no mesmo carregamento que a levou. Aparentemente, o tempo intermediário foi muito pequeno. Por isso, há razões para duvidar que Wallace tivesse enviado a famosa carta em março, como se pensava”, afirma. [ScienceDaily]

Criação: Um filme sobre a vida de Charles Darwin


Por em 20.01.2010 as 17:44


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O próprio título do filme já é uma provocação, evocando a guerra entre o criacionismo e o evolucionismo. O poster acima é outra, evocando a conhecida imagem da Capela Sistina, mas trocando o homem por um orangotando, nosso primo primitivo.
A singular capacidade de observar e de experimentar de Darwin levou-o a conclusões magníficas, que mudaram o rumo da ciência, desvinculando-a gradualmente dos dogmas religiosos e tornando-a essencialmente experimental: cada vez mais baseada em evidências e cada vez menos baseada na bíblia.
Mas suas vida era constantemente atormentada, cheia de tristezas, dificuldades e dilemas morais. E mesmo com muitos problemas ele foi o cientista mais influente do mundo até o momento.
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O lado humanitário e cavalheiro de Darwin foi uma das coisas que mais me impressionou em sua biografia. Apesar de sofrer muito com a sua doença e ele foi muito ativo e generoso em sua comunidade. Apesar de ter chegado a ter 9 filhos, a perda de uma única menina o deixou completamente destruído.
Ele viveu várias décadas atormentado com a sua própria conclusão lógica de que a seleção natural, que descobriu, eliminava a possiblidade da existência de um Deus intervencionista que colocava animais sobre o nosso planeta quando lhe dava na telha.
Infelizmente ainda hoje há pessoas que negam a evolução, ignorando uma quantidade monstruosa de evidências científicas que atestam a sua inamovível credibilidade.
Tratando-se de Hollywood é difícil que o filme seja estritamente fiel à história deste grande cientista e humanitário, mas de qualquer maneira ele colocará em pauta o debate fundamental entre a evolução e o criacionismo e, talvez, ajude a converter alguns crentes.
Obrigado
http://youtu.be/Cg00CR8wkYw

Manifesto sobre o criacionismo

 

 
Por em 27.06.2012 as 17:30


 
Se você ainda está na dúvida se a terra tem 6 mil ou mais de 4 bilhões de anos alguns cientistas que entendem de genética escreveram um manifesto sobre o criacionismo que você tem que ler.
O Manifesto sobre ciência e criacionismo explica tim-tim por tim-tim — até para os mais burrinhos como eu entenderem — como a mitologia cristã está totalmente equivocada com relação a origem e desenvolvimento da vida na Terra e que questões sobrenaturais devem permanecer na alçada da religião ao invés de permearem as aulas de ciências:
Curiosamente, algumas dessas versões criacionistas se apresentam ao grande público como produto de “estudos científicos avançados”, como se fossem parte da atividade discutida em congressos científicos em diversos países, no Brasil inclusive. Nessas versões, a Teoria Evolutiva é deturpada, como se pouco ou nenhum trabalho científico tivesse sido efetuado desde sua proposta há mais de 150 anos, demonstrando um total desconhecimento dos milhares de resultados e evidências que consolidam essa Teoria. Alguns raros criacionistas são cientistas produtivos em suas áreas específicas de atuação, que não envolvem pesquisas na área da Evolução Biológica. Mas quando abordam o criacionismo, falam de sua crença particular e não das pesquisas que estudam e publicam. Como perguntas e explicações criacionistas não podem ser testadas pelo método científico, estes pesquisadores estão apenas emitindo uma opinião pessoal e subjetiva, motivada geralmente por uma crença religiosa.
Cientistas são perguntadores por natureza. Responder que Deus é a causa de algo que a ciência ainda não explica é uma falácia. Se todas as pessoas pensassem assim não teríamos os avanços e confortos que apenas a ciência e tecnologia nos proporcionam. Determinar que Deus é a causa de algum fenômeno que até o momento é desconhecida é o mesmo que deixar de perguntar e de estudar; é parar de avançar.
Reconhecendo que a divulgação destas ideias criacionistas representa uma deterioração na qualidade do ensino de Ciências, a Sociedade Brasileira de Genética (SBG) vem aqui ratificar que a Evolução Biológica por Seleção Natural é imensamente respaldada pelas evidências e experimentações nas áreas de Genética, Biologia Celular, Bioquímica, Genômica, etc. Além disto, reiteramos que, como qualquer outra Teoria científica, a Evolução Biológica tem sido remodelada com a incorporação de várias novas evidências (incluindo da área de Genética), tornando suas hipóteses e explicações mais complexas e robustas a cada ano, desde a primeira publicação de Charles Darwin em 1859.

Criacionismo “científico” ou Design Inteligente

Não existe qualquer respaldo científico para ideias criacionistas (incluindo o Design Inteligente) (…) Ao lado do respeito à liberdade de crença religiosa, deve ser também observado o respeito à Ciência que tem enfrentado todo tipo de obscurantismo político e religioso, de modo similar às situações vividas por Galileu Galilei e o próprio Charles Darwin.

No Brasil

Alguns criacionistas também utilizam o argumento de que a Ciência brasileira é retrógrada (ou “tupiniquim”, como a chamam), afirmando que o criacionismo é “aceito” no exterior, mas a Ciência é unânime em todos os países sobre este assunto, o que pode ser verificado [aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui].
Agradecemos a Doutora Josiane Cardoso pela dica.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Bactérias e vírus ajudam a desvendar um dos segredos da evolução


Por em               



A corrida armamentista entre um vírus e as bactérias que eles atacam tem ajudado os cientistas a entender melhor um dos mistérios da evolução: como novas características evoluem?
Em uma série de experimentos, bactérias infectadas com vírus adquiriam repetidamente a capacidade de atacar seus hospedeiros através do receptor na membrana celular da bactéria, como explicou Justin Meyer, pesquisador-chefe e estudante de graduação na Universidade Estadual de Michigan, EUA.
De acordo com a teoria da evolução, a seleção natural pode favorecer certos membros de uma população por causa das características que possuem, como camuflagem ou habilidade de conseguir certos alimentos. Esses organismos favorecidos são mais propensos a se reproduzirem, passando os genes com características úteis para as futuras gerações.
Embora seja claro que a seleção natural faz com que uma população mude ou se adapte, não é fácil explicar como traços novos surgem. Por exemplo, mutações genéticas aleatórias se acumulam gradualmente até que elas produzam novas características? Ou será que a seleção natural conduz o processo desde o início, favorecendo certas mutações que possam surgir, até que um traço totalmente novo apareça?
No novo estudo, pesquisadores fizeram com que um vírus desenvolvesse uma nova maneira de infectar as bactérias, e depois observaram as alterações genéticas associadas a essa nova habilidade. Eles também descobriram que as mudanças ocorridas nas bactérias podem impedir que o vírus adquira essa nova característica.
Em 102 experimentos, eles combinaram células de E. coli com o vírus, chamado de lambda. Lambda normalmente infecta a bactéria a partir de um receptor chamado LamB, na membrana externa da bactéria. O vírus faz isso usando a proteína J, que fica no final de sua calda.
Quando cultivadas sob certas condições, a maioria das células E. coli desenvolveu resistência ao vírus parando de desenvolver receptores LamB. Para infectar as células bacterianas, então, o vírus teve que encontrar outra entrada na célula. Uma vez dentro, o vírus sequestra a capacidade das células da bactéria de copiar e reproduzir o próprio código genético.
Em 25 dos 102 testes, o vírus adquiriu a capacidade de infectar bactérias através de outro receptor, chamado OmpF. Os vírus eram geneticamente idênticos no início do experimento, então os pesquisadores analisaram quais alterações genéticas ocorreram.
Eles descobriram que todas as cepas que podem infectar as bactérias compartilhavam pelo menos quatro mudanças, que estavam no código genético da proteína J e que trabalhavam juntas.
“Quando você tem três das quatro mutações, o vírus ainda é incapaz de infectar a E. coli. Quando você tem quatro de quatro, todas elas interagem umas com as outras. Nesse caso, a soma é muito maior do que suas partes componentes”, explica Meyer.
No entanto, a seleção natural parece ter impulsionado o surgimento de mutações individuais porque as mesmas mutações surgiram, e porque elas aparecem para afetar a função da proteína J.
“As mutações são realmente centradas em uma pequena parte do gene que afetou a ligação”, disse Meywe.
Então, por que, na maioria dos casos, os vírus não adquirem a capacidade de entrar pela porta OmpF? Os pesquisadores procuraram ver se outras mudanças no vírus ou na bactéria interfeririam nisso.
Eles descobriram que, enquanto outras mudanças no vírus não parecem interferir, uma alteração específica encontrada nas populações de E. coli de 80 experimentos consegue causar uma mudança. Interrupções apareceram em genes de bactérias responsáveis pela produção de um complexo de proteínas, chamado ManXYZ, na membrana interna. Essa mudança na membrana interna significa que o vírus não poderia chegar até o interior da célula, seja a partir do LamB ou OmpF.
“Então, há essa dança coevolucionária interessante”, disse Meyer. “Uma mutação no hospedeiro e quatro mutações no vírus pode levar a um novo vírus. Senão, todo o sistema é desligado”. [LiveScience, foto de Gwire]

Assista um vírus infectando uma bactéria [vídeo]

Por em 16.01.2013 as 10:30




Cientistas da Universidade do Texas em Austin e do Centro de Ciências da Saúde da Escola de Medicina da Universidade do Texas em Houston, ambas nos EUA, anunciaram que conseguiram pegar um bacteriófago, o vírus T7, no ato de infectar uma bactéria E. coli.
Bacteriófagos, às vezes chamados apenas de “fagos”, são vírus especializados em atacar bactérias, como o nome sugere. O T7 foi identificado em 1945, e seu DNA está entre os primeiros a ser sequenciado, em 1983.
A estrutura do T7 é simples: ele tem um capsídeo que contém o material genético do vírus, seis filamentos que são usados para “caminhar” sobre a bactéria até encontrar um ponto propício para a infecção, e uma “cauda”, que penetra a membrana da bactéria e funciona como uma agulha de injeção, conduzindo o DNA do vírus para a bactéria.
Utilizando tomografia, a equipe de pesquisadores conseguiu capturar imagens do vírus T7 em diferentes estágios do processo de infecção da bactéria, e, a partir desta informação, montaram uma animação mostrando como o processo acontece.

Os pesquisadores apontam que, quando está procurando por uma vítima, o vírus estende por alguns momentos uma ou duas de suas fibras ultrafinas que normalmente estão dobradas na base do capsídeo.
Uma vez que ele tenha tocado uma bactéria, ele usa uma ou duas das fibras novamente, para “caminhar” sobre a bactéria, “como um rover planetário”, em um andar aleatório, para encontrar um local ótimo para a infecção.
Quando chega a um local para infecção, a estrutura do vírus sofre uma alteração drástica: ele ejeta parte de suas proteínas pela membrana da célula, criando um caminho para o DNA entrar no hospedeiro. Depois da injeção, o caminho proteico se desfaz, e a membrana celular da bactéria se fecha novamente.

O trabalho publicado é o primeiro a demonstrar que o bacteriófago “caminha” sobre a superfície da bactéria, algo que não passava de uma hipótese até então. Também é o primeiro trabalho mostrando como a cauda do vírus se estende para o interior do hospedeiro, permitindo a injeção do DNA viral.
Embora muitos dos detalhes da infecção sejam específicos do T7, os pesquisadores apontam que todo o processo alterou bastante a compreensão de como um vírus infecta uma célula.
Vale lembrar que tanto o T7 quanto a E. coli são encontrados em abundância nos nossos intestinos; ou seja, este processo está acontecendo agora mesmo, dentro de você. [Gizmodo, Science, Space and Robots, Sciencemag Supp, ScienceDaily, KurzweilAI]

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Para que serve o umbigo?

Karlla Patrícia

Meus alunos sempre perguntam, então aí vai a resposta, rs.
Antes de nascermos, o cordão umbilical tem uma função importantíssima nos mamíferos, inclusive nós. Ele é a comunicação entre o embrião e a placenta. Além da garantia de nutrientes é responsável pela troca gasosa. Depois de chorar no parto é certo que os bebês já podem respirar sozinhos e logo já começam a se alimentar e assim, o cordão umbilical não tem mais utilidade. O médico sempre deixa um pedaço do cordão que seca e cai naturalmente, nos restando apenas o nosso umbigo!
Para que o umbigo serve? O umbigo em si, não serve para NADA! É apenas a cicatriz deixada pelo cordão umbilical, não existe nenhuma ligação do umbigo com nossos órgãos, internamente existe musculatura. Nessa região existe também, uma área glandular de reconhecimento imune (linfonodo), que atua na defesa do organismo e produz anticorpos, mas que não tem nada a ver com o nosso umbigo. O umbigo é também considerado uma área erógena para algumas pessoas.
O umbigo é apenas a cicatriz deixada pelo cordão umbilical!