sexta-feira, 22 de março de 2013

22 de março - Dia da Água

Celebre o Dia Mundial da Água com a gente!

Veja o especial em nosso site: http://abr.io/especial-agua2013

Ilustração: Estúdio Alcachofra / Arte: Guilherme Watarai

10 tecnologias inspiradas na natureza

 

Por em 20.03.2013 as 16:56


“Não posso deixar de pensar nos organismos que vivem graciosamente nesse planeta”, disse a escritora científica Janine Benyus durante uma palestra sobre biomimética.
Nesse ramo de estudo, cientistas buscam na natureza “respostas” para diversas demandas, como filtragem de água, redução de emissões de gás carbônico (CO2) e cura de ferimentos. A seguir, você verá 10 tecnologias desse tipo.

1 – Trem-bala e o voo sem turbulência

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Os primeiros protótipos de trem-bala criavam uma explosão sonora ao sair de um túnel, o que não era desejável, claro. Em seguida, o engenheiro J. R. West, que tem o hábito de observar pássaros, começou a estudar espécies como o martim-pescador, capaz de mergulhar na água quase sem causar ondulações – “eles vão de uma densidade média, o ar, para outra densidade média, água, sem espalhar água”, percebeu. Alterações no projeto baseadas nessa habilidade do pássaro tornaram o trem-bala 10% mais rápido com 15% menos gasto de eletricidade, além de praticamente eliminar a explosão sonora.

2 – Tubarões vs. bactérias

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O tubarão-de-galápagos é capaz de manter a superfície de seu corpo livre de bactérias graças a minúsculas elevações presentes nela. Essas elevações seguem um padrão específico e impedem a adesão de bactérias – segredo aproveitado pela empresa Sharklet Technologies, que fabrica revestimentos que evitam o acúmulo de bactérias. Essa tecnologia reduz o uso de produtos químicos bactericidas (que são uma solução provisória, já que há cada vez mais micro-organismos resistentes a eles).

3 – Do nevoeiro para o copo

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No deserto da Namíbia, um pequeno inseto é capaz de coletar água a partir de um nevoeiro e, com isso, garantir a própria sobrevivência. “Ele tem ‘bombas’ na superfície de suas asas que agem como ‘ímãs para água’. A água adere a essas bombas, desce pelas laterais e vai direto para a boca da criatura”, explica Benyus. O pesquisador Andrew Parker, da Universidade de Oxford (Inglaterra), estudou o fenômeno e ajudou empresas de arquitetura a construir estruturas que, como o inseto, são capazes de coletar água de nevoeiro de modo eficiente. “10 vezes melhores do que nossas redes de capturar névoa”, diz.

4 – Corais e prédios

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Certos seres não consideram o gás carbônico um veneno: plantas e organismos que fazem conchas, corais, consideram-no um bloco de construção. Baseados na maneira como corais aproveitam a substância, cientistas desenvolveram uma “receita” de cimento que usa gás carbônico. Geralmente, na sua fabricação, uma tonelada de cimento emite uma de CO2. Com o novo método, emite-se meia tonelada, 50% menos.

5 – O segredo de um bom filtro

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Existem muitas maneiras pelas quais a natureza filtra água para retirar sal. Nós pegamos água e jogamos contra uma membrana, e então nos perguntamos por que a membrana entope e por que isso exige tanta energia. A natureza faz algo muito mais elegante. As células vermelhas do nosso sangue têm poros em forma de ampulheta através dos quais passam moléculas de água, mas não de sal, uma estrutura de filtragem de alta eficiência e que começou a ser usada por algumas empresas na fabricação de membranas de dessalinização.

6 – Borboletas limpas

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Sem gastar energia ou depender de substâncias químicas, borboletas são capazes de manter suas asas livres de sujeira (da mesma forma que os tubarões-de-galápagos mantêm sua superfície corporal livre de bactérias), graças à maneira como sua superfície interage com as moléculas de água e de impurezas – segredo aproveitado por algumas empresas especializadas em revestimentos.

7 – Eletricidade que cura

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Há evidências científicas de que o campo elétrico que existe ao redor das nossas células é essencial na cura de ferimentos. Por meio de processos químicos, é possível aumentar a intensidade desse fenômeno e, assim, criar curativos que aceleram diretamente a recuperação de tecidos – algo especialmente útil para diabéticos e outras pessoas que têm uma regeneração comprometida.

8 – Adesivo natural e (praticamente) universal

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Amoras silvestres (também conhecidas como “blackberries”, em inglês) têm pequenos ganchos que permitem que elas se grudem em diversas superfícies sem a necessidade de substâncias químicas adesivas – algo que pode ser aproveitado em setores como construção e embalagens.

9 – Folhas contra a poluição

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Certos tipos de árvore (como bordo, aspen e álamo) têm folhas capazes de absorver alguns tipos de poluentes com mais facilidade do que outras – 40% a mais, se esses poluentes estiverem combinados com oxigênio. O mecanismo por trás dessa eficiente absorção tem sido aproveitado por fabricantes de filtro de ar.

10 – Felinos e parachoques

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Um gato é capaz de cair de alturas consideráveis sem se machucar, graças a um detalhe anatômico: não há uma ligação esquelética direta entre sua clavícula e coluna vertebral, o que permite que os membros dianteiros absorvam o impacto da queda de modo eficiente – algo que pode ser usado para produzir grades de segurança e parachoques mais eficazes.[TED, AskNature.org]

quarta-feira, 20 de março de 2013

Transfusão de sangue - quem pode doar pra quem?

@[155856571147875:274:QUANDO EU MUDO, O MUNDO SE TRANSFORMA]

10 ancestrais essenciais da evolução humana

 


Por em 19.03.2013 as 16:12


Milhões de anos e incontáveis mudanças separam os humanos atuais dos primeiros primatas. A seguir, você conhecerá 10 espécies que fizeram boas “contribuições” nessa jornada evolutiva:

10 – Sahelanthropus tchadensis (6 – 7 milhões de anos atrás)
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Há cerca de 5,4 milhões de anos começou nossa separação em relação aos grandes primatas e muitos pesquisadores acreditam que o S. tchadensis seria o “elo inicial” deste processo. Em 2001, foi encontrado no Deserto de Djurab (República do Chade) um crânio fragmentado que supostamente era de um S. tchadensis e, ao analisar a parte do crânio que se conectava ao pescoço, imagina-se que o animal era bípede.
Contudo, há quem acredite que não se tratava de um elo evolutivo, pois a caixa craniana era menor (350 cm³) do que a dos chimpanzés (390 cm³). Outros argumentam que o crânio era distorcido demais para ser de uma espécie mais próxima dos humanos do que dos grandes primatas.

9 – Kenyanthropus platyops (3,5 milhões de anos atrás)

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Foi encontrado no Lago Turkana (Quênia) em 1999 um crânio capaz de suportar um cérebro um pouco maior (400 cm³) que o dos chimpanzés, e com dentes que indicavam mastigação dos alimentos. Outra diferença do K. platyops era sua face mais achatada, possível sinal de adaptação a novos ambientes.

8 – Australopithecus afarensis (3 – 3,9 milhões de anos atrás)

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Uma descoberta feita em Hadar (Etiópia) em 1974 ganhou destaque em veículos de comunicação do mundo todo: 40% (uma porcentagem considerável) do esqueleto de uma criatura que foi carinhosamente apelidada de “Lucy”. A anatomia sugere que Lucy tinha cerca de 1 metro de altura e pesava 30 kg, era bípede, passava o dia em terra e dormia sobre as árvores.
Outro esqueleto de A. afarensis, que ficou conhecido como “Selam”, sugere que a criatura tinha um cérebro de cerca de 440 cm³. Além do tamanho, outro diferencial seria um sulco dividindo o lobo occipital (ligado à visão) do resto do cérebro, presente em chimpanzés, mas não em humanos: o de Selam, de acordo com modelos baseados em seu esqueleto, seria menor do que o dos chimpanzés, um “passo” na escala evolutiva.

7 – Paranthropus boisei (1,4 – 2,3 milhões de anos atrás)

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Criatura bípede e com um cérebro de 500 a 550 cm³ (44% do de um ser humano), o P. boisei ganhou o apelido de “Quebra-nozes” (“Nutcracker Man”) porque seria capaz de comer alimentos duros, como nozes, sementes e tubérculos (dentes grandes e maxilares fortes davam conta do recado). Acredita-se que essa dieta era suficiente para o gasto energético de seu cérebro, maior que o dos seus ancestrais.

6 – Homo habilis (1,6 – 2,5 milhões de anos atrás)

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O H. habilis, até onde sabemos, foi o primeiro entre nossos ancestrais a usar pedras como ferramentas, e por isso é também chamado de “Handyman” (em português, algo como “Faz-tudo”). Seus polegares eram relativamente largos, o que garantia uma certa destreza na hora de criar e usar ferramentas. Além disso, ele teria vivido em uma época de intensas mudanças climáticas (em “apenas” alguns milhares de anos, lagos se tornavam desertos, e depois voltavam a ser inundados), algo que o forçou a se adaptar muito para sobreviver.

5 – Homo ergaster (1,5 – 1,8 milhões de anos atrás)

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Em relação ao tamanho do cérebro, o H. ergaster estava “chegando lá” (850 cm³, ou 71% do tamanho do cérebro humano moderno) e pode ter sido a primeira espécie a dominar o fogo, além de criar instrumentos de pedra mais sofisticados. Ao contrário do que ocorria nas espécies anteriores, macho e fêmea não eram muito diferentes (havia menos “dimorfismo sexual”) e há evidências de que o H. ergaster tinha uma forma primitiva de comunicação por símbolos.

4 – Homo erectus (0,4 – 1,8 milhões de anos atrás)

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Em 1984, foi encontrado próximo ao Lago Turkana (Quênia) o esqueleto de um “menino” (entre 8 e 11 anos de idade) da raça H. erectus, que dominava o fogo, construía ferramentas e vivia em pequenas comunidades – ao abandonar a vida nas árvores, esses ancestrais precisavam manter predadores afastados, algo que seria mais fácil com a vida comunitária.
O cérebro do “Menino de Turkana” tinha 900 cm³ (75% do tamanho do cérebro de um ser humano moderno) e há evidências de que possuía uma área de memória e fala altamente desenvolvida. Um cérebro maior demandava mais energia, um problema com o qual o H. erectus podia lidar com certa facilidade: caminhando sobre duas pernas e com menos pelos no corpo, ele era capaz de caçar certos animais de modo eficiente, obtendo na carne a energia de que precisava.

3 – Homo heidelbergensis (0,2 – 0,6 milhões de anos atrás)

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Há evidências de que o H. heidelbergensis enterrava seus mortos de modo ritualístico (uma espécie de cemitério no norte da Espanha reúne vários restos mortais da espécie), possivelmente com oferendas para um deus ou para ajudar o morto numa “vida além-túmulo”.
Possivelmente, esse ancestral tinha um cérebro maior que o nosso (1.100 a 1.400 cm³), era capaz de planejar, se comunicar de modo simbólico e construir abrigos elaborados. Algumas tribos teriam viajado para o continente europeu (entre 300 mil e 400 mil anos atrás) e evoluído para o Homo neanderthalensis, enquanto as que permaneceram na África deram origem ao Homo Sapiens.

2 – Homo neanderthalensis (0,03 – 0,3 milhões de anos atrás)

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Mesmo com um cérebro maior que o do Homo Sapiens, o H. neanderthalensis teria habilidade de manipular objetos, raciocínio e memória menos desenvolvidos. Suas armas (facas e lanças) exigiam que se aproximassem de suas presas, o que explicaria por que tantos esqueletos da espécie foram encontrados com fraturas. Sua dieta era extremamente rica em carne, independentemente do ambiente em que a espécie se encontrava, o que sugere uma baixa capacidade de adaptação.

1 – Homo sapiens (0,2 milhões de anos atrás – presente)

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Depois de uma longa caminhada, aqui estamos nós. Embora guerras, preconceitos e outros problemas possam às vezes nos levar a pensar o contrário, o H. sapiens é uma espécie evoluída: com domínio do fogo e uma grande habilidade de se adaptar, sobreviveu a uma grande seca na África há 140 mil anos que quase extinguiu a espécie. Corpos mais esguios exigiam menos calorias, e armas como arco-e-flecha e lanças de arremesso tornavam as caçadas mais seguras. E, naturalmente, cultura falada e escrita ajudaram a passar conhecimentos essenciais para as futuras gerações.[Listverse]

segunda-feira, 18 de março de 2013

Por que andamos sobre duas pernas?

 

“Somos animais, mamíferos, mas somos os únicos bípedes. Gostaria de saber por que os seres humanos resolveram deixar de ser quadrúpedes.” Dayane Alves
Dayane, na verdade os seres humanos não são os únicos mamíferos bípedes. Os cangurus também se mantêm eretos e, embora pulando, locomovem-se na posição vertical utilizando apenas as duas patas traseiras e o rabo para assumirem a posição bípede. Mas as razões pelas quais humanos e cangurus assumiram essa posição é bem diferente.
De acordo com as anotações de Charles Darwin, se tornar bípede foi uma adaptação que veio conforme a necessidade de ter as patas dianteiras (mãos) livres para criar e manusear ferramentas, uma das razões para que a evolução acelerasse. Mas hoje em dia essa tese já não é aceita, pois se acredita que os hominídeos se tornaram bípedes há mais de 4 milhões de anos, enquanto as ferramentas mais antigas de que se tem registro não passam de 2,6 milhões.
Assim, ainda não se sabe ao certo as razões pela qual o homem passou a se sustentar sobre duas pernas. Alguns pesquisadores acreditam que manter a postura ereta tornavam os seres humanos mais altos, e consequentemente com mais facilidade para avistar comida e predadores. Outros acreditam que ser bípedes nos fez mais rápidos e hábeis, melhorando nossa capacidade de adaptação aos diversos ambientes, ampliando o território por onde podíamos nos expandir e instalar. Na verdade é bem possível que a evolução para a posição bípede pode ser um resultado de várias necessidades inclusive por intuito biológico de deixar as mãos livres para a confecção de ferramentas, conforme sugeria Darwin.
Todos estes “mistérios evolutivos” ainda estão sendo incansavelmente estudados e como já foi dito podem existir várias razões para que nós tenhamos deixado de ser quadrúpedes. Lógico que a seleção natural cuidou para que aqueles que adquiriram a posição bípede levavam vantagem. Podiam brigar melhor, economizar energia ao se movimentar, caçar com maior sucesso, fugir dos predadores com mais eficácia, etc.
Acredita-se que o bipedalismo tenha começado em árvores ou outros ambientes em que os quadrúpedes precisam de maior habilidade de locomoção.

Como se formam os ovos dentro das aves?

 

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Está aí, uma ótima pergunta! Bem, o ovo se forma num processo lento, que dura em média 25 horas e se divide em duas fases. A primeira, com duração de 4 horas, corresponde à formação de todos os componentes internos do ovo. A segunda fase leva até 21 horas e é quando ocorre a deposição de cálcio para a formação da casca. Nos ovários forma-se a gema, com a incorporação de sais minerais, proteínas e lipídios e o desenvolvimento se dá desenvolve à medida que caminha pelos compartimentos ovidutos. A casca é formada no útero, onde recebe uma grande quantidade de água e vitaminas.
Durante todo esse processo o ovo não tem a forma ovalada que conhecemos, na verdade eles são esféricos (redondos) quando ainda estão no interior do animal e possuem uma casca macia e maleável. Esta forma característica que conhecemos, se dá quando o ovo é forçado atráves do oviduto: os músculos se contraem, empurrando-o mediante movimentos ondulatórios (peristáticos). No início do processo o ovo é esférico, depois fica meio conico e só no final quando a casca entra em contato com o oxigênio e endurece, é que ele se torna ovalado.
O ovo se forma na ave mesmo se não for fecundado, da mesma maneira que a mulher ovula todos os meses, mesmo sem ter relação sexual. As galinhas, por exemplo, botam ovos todos os dias. O ovo não fecundado é aquele que consumimos (nos fecundados, a gema serve para a alimentação do embrião).
Os ovos não são originalmente ovalados!

sábado, 16 de março de 2013

Assista Stephen Hawking, Carl Sagan e Arthur C. Clarke conversando sobre o universo


Por em 18.01.2009 as 22:22
 
Encontrei este vídeo (abaixo), dividido em 6 pedaços e legendado, no Ceticismo Aberto. Nele você poderá assistir a algumas das mentes mais brilhantes dos últimos anos conversando sobre o Universo, Big Bang e alienígenas em um programa britânico exibido em 1988. Não se iluda, ele pode parecer de idade nostálgica, mas é possível que você tenha muito que aprender com ele.
Você vai entender porque os cientistas deduziram que houve um evento de natureza explosiva no início do nosso universo, entre muitos outros fatos interessantes. Eles chegam até a conversar sobre o conceito de Deus.
Um dos pontos altos é quando o repórter pergunta se as descobertas astronômicas irão acabar com os negócios dos astrólogos e Carl Sagan afirma: “Nada vai acabar com os negócios dos astrólogos”. Todos se racham de rir.
Outro aspecto interessante é que o Stephen Hawking, que tinha perdido a sua voz apenas dois anos antes, é o que mais faz piadas dentre todos, com sua voz robotizada.
Um dos fatos mais curiosos é que o entrevistado que está em piores condições de saúde, aparentemente Stephen Hawking, é o único vivo dos três hoje em dia. [Ceticismo Aberto]

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5



 

Carl Sagan – Contra a força das superstições e fundamentalismo


Por em 16.03.2013 as 1:30


Carl Sagan
Carl Sagan foi professor de Astronomia e Ciências Espaciais e diretor do Laboratório de Estudos Planetários da Universidade de Cornell, EUA. Desempenhou um papel de liderança no programa espacial estadunidense desde o seu início. Foi consultor e conselheiro da NASA desde 1950, ajudou a resolver os mistérios das altas temperaturas de Vênus (resposta: efeito estufa maciça), as mudanças sazonais em Marte (resposta: poeira trazida pelo vento), e a névoa avermelhada de Titã (resposta: moléculas orgânicas complexas).
Como um cientista formado em astronomia e biologia, Carl Sagan fez contribuições essenciais para o estudo das atmosferas planetárias, superfícies planetárias, a história da Terra, e exobiologia que é o estudo da origem, evolução, distribuição, e o futuro da vida no Universo. Sua capacidade de capturar a imaginação de milhões e de explicar conceitos difíceis em termos compreensíveis é uma realização magnífica, comprovando que não é o vocabulário que faz o homem, mas sim como o utiliza e manifesta seu conhecimento.
Carl Sagan foi mais do que um simples homem. Foi um homem dotado de inteligência capaz de questionar, estudar e ensinar àqueles que quisessem aprender além do que está escrito na bíblia, ou nos livros do ensino fundamental. Reforçou a ideia de que o universo é um mistério que anseia por ser descoberto. E que as superstições são obstáculos criados para interromper a evolução humana. Somos dotados da capacidade de pensar, raciocinar e questionar, e infelizmente, não é isso que o poder governante quer.
Porém, é graças à iniciativa de pessoas como Doutor Sagan que o mundo caminha para novos horizontes. Se existissem pessoas deste porte se envolvendo em todas as áreas de estudo, tornar-se-ia possível imaginar um mundo onde o que importa é a evolução humana, e não somente a religião que se segue, a roupa que se veste, ou o sapato que se usa.

“Com suas revelações sobre um pequenino mundo embelezado pela música e pelo amor, a nave Voyager já saiu do sistema solar e se dirige ao mar aberto do espaço interestelar. A uma velocidade de 70 mil quilômetros por hora, projeta-se em direção às estrelas e a um destino com o qual só podemos sonhar. Estou cercada por pacotes do correio, cartas de pessoas de todo o planeta que lamentam a perda de Carl. Muitos lhe dão o crédito por tê-los despertado. Alguns dizem que o exemplo de Carl os inspirou a trabalhar pela ciência e pela razão contra as forças das superstição e do fundamentalismo. Esses pensamentos me consolam e me resgatam de minha dor. Permitem que eu sinta, sem recorrer ao sobrenatural, que Carl vive.”
Ann Druyan, esposa de Carl Sagan.

Algumas frases de Carl Sagan para você usar

Abaixo seguem umas pérolas deixadas por Carl Sagan que você pode utilizar no Facebook/Twitter ou até mesmo como papel de parede em seu computador (em algumas basta clicar para ampliar).
carl sagan citacao 3
carl sagan citacao 7
carl sagan citacao 6
carl sagan citacao 5
carl sagan citacao 4
carl sagan citacao 2
carl sagan citacao 1

sexta-feira, 15 de março de 2013

Procura-se barriga de aluguel para bebê Neandertal

 

Por em 21.01.2013 as 14:00

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Geralmente vistos como uma espécie primitiva e bruta, o geneticista George Church, professor da Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), os vê na verdade como seres muito inteligentes e acredita que poderia os trazer de volta à vida – só precisa de uma “mulher aventureira” e disposta a dar à luz a um Neandertal [Atualização: em entrevista por telefone à Associated Press, Church teria afirmado que ainda não tem projetos, nem planos para fazer isso].
Church, 58 anos, um dos mais importantes cientistas do campo da genética no mundo, disse ao jornal alemão Der Spiegel que está buscando uma voluntária para ajudar a trazer o parente mais próximo dos humanos, extinto a 33.000 anos atrás, de volta à vida. O processo não seria legal em muitos países, já que envolve o uso de DNA extraído de fósseis e clonagem.

O processo

Segundo Church, a técnica envolveria a criação artificial de DNA a partir de material fossilizado, e a introdução deste DNA em células-tronco humanas.
“Eu já consegui extrair DNA suficiente de ossos fósseis para reconstruir o DNA desta espécie extinta. Agora, eu preciso de uma mulher aventureira”, disse.
O professor afirma que poderia introduzir partes do genoma Neandertal a células-tronco humanas, e cloná-las para criar um feto, implantando então o embrião humano em fases iniciais da vida em uma mulher.
As células-tronco, ou estaminais, devem dirigir o desenvolvimento do embrião híbrido em linhas Neandertais, ao invés de humanas.
Church ajudou a iniciar o Projeto Genoma Humano no qual o DNA humano foi mapeado, e é muito respeitado em seu campo. Ele diz que, se clonamos animais, por que não podemos clonar humanos?
Seus comentários, no entanto, tem tudo pra provocar polêmica, não só na área de genética, mas na população em geral.
O principal argumento contra sua proposta é que, nem sempre porque somos capazes de fazer algo, deveríamos fazê-lo. Há quem acredite que o ressurgimento de outra espécie humana poderia criar uma concorrência que levaria à nossa extinção. É isso que alguns pensam que ocorreu no passado: nosso surgimento levou os Neandertais à extinção. Quem garante que, se eles voltarem, não seremos nós que sumiremos da face do planeta?

Melhorando a sociedade

Church não pensa nos Neandertais como concorrência, mas sim acredita que eles acrescentariam à vida na Terra, aumentando a nossa diversidade e melhorando a sociedade.
Segundo o geneticista, os Neandertais podem pensar de maneira diferente do que nós. “Nós sabemos que eles tinham um tamanho craniano maior. Eles poderiam até mesmo ser mais inteligentes do que nós”, opina. “Quando chegar a hora de lidar com uma epidemia, por exemplo, é concebível que sua maneira de pensar possa ser benéfica. Eles poderiam até mesmo criar uma cultura neo-Neandertal nova, e tornar-se uma força política significante. O objetivo principal é aumentar a diversidade. A única coisa que é ruim para a sociedade é baixa diversidade”, argumenta.
Ele também acha que a alteração do genoma humano poderia fornecer respostas para a cura de doenças como câncer e HIV, além de ser a chave para vivermos até os 120 anos.
“Uma das coisas a se fazer é projetar nossas células para que elas tenham uma menor probabilidade de câncer. Então, uma vez que temos uma probabilidade menor de câncer, você pode aumentar suas propriedades de autorrenovação, a fim de que elas tenham uma menor probabilidade de senescência (envelhecimento)”, afirmou.
Cientistas reconstruíram o genoma Neandertal por volta de 2009. Nesse mesmo ano, um tipo extinto de cabra, íbex, foi clonado a partir de uma amostra de pele congelada, embora tenha morrido imediatamente após o processo.
Assim, parece possível que uma criança Neandertal seja eventualmente clonada, embora também seja preciso uma mãe Homo sapiens para transportá-la e pari-la.
Church não entende “por que tantas pessoas ficam tão profundamente chateadas com esses tipos de tecnologias”, já que o conceito de espécie biológica está mudando mesmo. Até agora, o senso comum é de que as pessoas não podem trocar DNA com outras espécies biológicas. “Mas essa barreira vai cair”, profecia.
Apesar das ideias de Church se assemelharem às mostradas em filmes como Jurassic Park, recriar ancestrais humanos mais antigos ou dinossauros não faz parte das propostas do geneticista, porque o limite de idade útil do DNA é de cerca de um milhão de anos.
E aí? Alguma voluntária?[Telegraph, TheMarySue, DailyMail, io9]

10 importantes descobertas evolucionárias recentes


Por em 14.03.2013 as 15:00


A teoria da evolução via seleção natural transformou completamente o mundo da ciência 150 anos atrás, e suas ramificações abalaram todos os aspectos da vida, incluindo a política e a religião.
Na biologia, a teoria da evolução tem a mesma aceitação que a teoria de que a Terra orbita o sol, na astronomia. Ainda assim, ela causa bastante discussão entre os leigos.
Apesar da realidade da evolução ser bem conhecida, existem muitos detalhes a se descobrir quando pensamos nos 3,5 bilhões de anos de história evolutiva. Aqui estão as descobertas da última década que estão ajudando a ciência a completar esse quadro:

10. Supergenes de borboleta

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A borboleta amazônica Heliconius numata era um mistério para os biólogos e geneticistas.
Essa borboleta aparece em sete padrões de manchas diferentes, usados para espantar os predadores, e cada padrão resulta de uma combinação de vários genes diferentes. Quando duas borboletas de padrões diferentes procriam, os genes são recombinados e os padrões deveriam se misturar em poucas gerações. Mas não era isto que estava acontecendo.
Uma equipe de biólogos britânicos e franceses descobriu em 2011 a presença do que eles chamaram de supergene, um grupo de dezoito genes que são passados para a próxima geração como um bloco único.
Em vez de ter uma mistura de genes de cada um dos pais, as borboletas herdam um supergene recessivo ou dominante, permitindo que a característica completa seja passada.

9. Humanzé

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O fato de que os chipanzés são nossos “parentes” mais próximos na natureza provocou especulações nos últimos cem anos sobre a possibilidade de ser feito um animal híbrido.
Até mesmo houve um animal chamado Oliver, que se acreditava ser este híbrido, mas na verdade era um chipanzé com alguns traços assemelhados aos humanos.
No lado da ciência, uma análise genética de 2006 sugeriu que os ancestrais humanos e chipanzés continuaram a cruzar por um período de 1,2 milhões de anos depois da separação das espécies, 6,3 milhões de anos atrás.
O interessante é que este achado também ressuscita uma das ideias de Darwin, a de que a separação de espécies não era um evento abrupto, mas sim lento – e por um bom tempo um híbrido das duas espécies ainda poderia ser viável.

8. Morcego velho

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Os morcegos são a segunda maior ordem de mamíferos, representando um quinto de todas as espécies. São os únicos mamíferos que desenvolveram o voo e que podem usar ecolocalização em um nível sem precedentes.
Estas duas características são bem antigas, e geraram um mistério na biologia – qual delas surgiu primeiro?
Um par de fósseis descobertos no Wyoming, em 2003, tem muitas características estranhas. Os Onychonycteris finneyi encontrados possuem garras com cinco dedos, contra os dois dedos encontrados nos morcegos modernos. Sua característica mais interessante, porém, é que eles conseguiam voar sem ter desenvolvido a ecolocalização. Os espécimes de 52 milhões de anos terminaram com décadas de especulação entre os cientistas.

7. Tiktaalik

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Uma das mais profundas transições na história da vida deu-se quando as espécies deixaram a água e passaram a deslocar-se em terra.
Os tetrápodes, primeiras criaturas a se arrastar da água, supostamente teriam evoluído de peixes com barbatanas lobadas, como o celacanto. Mas por muito tempo faltou uma evidência que mostrasse como as nadadeiras macias começaram a se tornar membros com ossos, uma transição que teria ocorrido entre 400 e 350 milhões de anos atrás.
O Tiktaalik, descoberto em 2004 em Nunavut, no Canadá, mudou tudo isto. Foi o primeiro fóssil de um animal que ainda era peixe, mas que apresentava os primeiros sinais de dedos, pulsos, cotovelos e ombros. É um fóssil transicional por excelência.
Outra característica interessante do Tiktaalik é que se trata de uma previsão da teoria da evolução que foi comprovada em campo: os biólogos apontaram que a transição deveria ter se dado naquele período e o Tiktaalik foi encontrado em um terreno com aquela idade.

6. Piolhos

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Piolhos são parasitas altamente especializados e adaptados: eles usam garras para se prender aos pelos de seus hospedeiros, de forma que, se ele se modificar em outra espécie, o piolho segue a mudança.
Esta precisão na especiação dos piolhos significa que suas árvores familiares baseadas em DNA podem ser datadas precisamente com apenas alguns poucos fósseis para funcionar como âncoras.
O mapeamento do DNA dos piolhos foi feito por uma equipe de pesquisadores do Museu de História Natural de Londres, com implicações importantes no nosso conhecimento da evolução de aves e mamíferos.
Os pesquisadores descobriram que os piolhos das aves e dos mamíferos começaram a se diversificar antes da extinção dos dinossauros, sugerindo que, contrário à teoria prevalente, os principais grupos de mamíferos se formaram antes da extinção dos dinossauros. Uma explicação alternativa, mas também incrível, é a de que nossos piolhos vêm de uma linhagem que já esteve acostumada a se alimentar de sangue de dinossauros.

5. Ameba gigante

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O bilateralismo ou simetria bilateral é uma das características mais antigas no reino animal: você pode dividir ao meio tudo desde planárias a tubarões a elefantes e descobrir que um lado é igual ao reflexo do outro no espelho e tem, na maior parte, as mesmas coisas de um e de outro lado.
A data exata que esta característica chave surgiu tem sido assunto de especulação, e as melhores evidências que temos para isto são trilhas feitas em solo marinho com 550 milhões de anos. Acreditava-se que somente criaturas com simetria bilateral podiam criar trilhas em linha reta.
Entretanto, em 2007, pesquisadores da universidade do Texas (EUA) descobriram, enquanto mergulhavam na costa das Bahamas, uma ameba de 2,5 cm, movendo-se no solo marinho. O animal possuía um núcleo cheio de água que o ajudava a manter a sua forma, e deixou trilhas similares às trilhas fósseis, sugerindo que o bilateralismo deve ter surgido dezenas de milhões de anos depois do que se pensava.

4. Projeto genoma Neandertal

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Os Neandertais são a espécie mais próxima de nós. Evidências sugerem que eles eram tão inteligentes quanto os humanos, porém mais fortes. Também tinham muitos aspectos de cultura desenvolvidos antes de extinguirem-se, menos de 30.000 anos atrás.
Por eles terem desaparecido tão recentemente, foi possível isolar seu DNA. Uma equipe de cientistas do Instituo Max Planck, da Alemanha, publicou em 2010 uma sequência do genoma Neandertal menos de uma década após ter completado o mapeamento do genoma humano.
O fato de 1% do nosso genoma se assemelhar ao genoma Neandertal indica que pode ter havido cruzamento entre as duas espécies. Entretanto, um trabalho publicado em 2012 sugere que um ancestral comum é a origem destes genes compartilhados.

3. O bebê de Lucy

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O ancestral humano fóssil mais famoso é provavelmente Lucy, um esqueleto (na verdade, 40% de um esqueleto) de 3,2 milhões de anos de um Australopithecus afarensis encontrado em 1974. Era, na época, o mais antigo fóssil existente do tempo em que já havíamos nos separado de nosso ancestral comum com os chipanzés.
Entretanto, a fama de Lucy foi eclipsada pela descoberta, em 2006, de um outro fóssil de A. afarensis. O novo fóssil, provavelmente de uma fêmea, morreu com a idade aproximada de três anos, o que o torna extremamente raro. Outro fator que o torna mais raro ainda é o fato de estar bem mais completo que Lucy.
Apesar de ser dezenas de milhares de anos mais antigo que Lucy, o esqueleto recebeu o apelido de “o bebê de Lucy”, e consta de um crânio bem preservado, dentes-de-leite, dedinhos, um torso, um pé e uma patela não maior que uma ervilha.

2. O ancestral mais antigo

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Já que estamos falando de Lucy deixando de ser o fóssil mais importante, vamos falar de Ardi, um fóssil que roubou de Lucy o título de mais antigo ancestral provável da espécie humana em 2009.
Ardi era uma fêmea de 50 kg com cérebro pequeno anterior a Lucy em mais de um milhão de anos. Ela foi encontrada com os restos de trinta e seis outros indivíduos.
Na verdade, Ardi foi encontrada em 1994, mas só em 2009, depois de uma década e meia de análises, que as implicações do fóssil foram conhecidas, e ele passou a ser conhecido como parte de uma nova espécie, o Ardipithecus ramidus.
Desde o tempo de Charles Darwin popularizou-se a noção que o ancestral comum entre nós e os chipanzés seria parecido com um chipanzé, mas os chipanzés tiveram tanto tempo para se modificar quanto nós tivemos, e não há nenhuma razão real para imaginar que nosso ancestral comum seria mais próximo de qualquer um dos dois animais.
Ardi veio para liquidar com essa ideia antiga. Ela apresenta uma inesperada mistura de traços tanto avançados quanto primitivos, diferente de chipanzés ou gorilas. Como disse o anatomista Owen Lovejoy, que analisou partes de Ardi, ela mostra “um estágio intermediário vasto em nossa evolução que ninguém conhecia”.

1. DNA “lixo”

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Quando o primeiro resultado do projeto genoma humano foi apresentado em 2000, 97% das 3,2 bilhões de bases na sequência pareciam não ter nenhuma função aparente. A função primária do DNA é fornecer o projeto de proteínas, informação que é armazenada nos genes, mas estes constituem apenas 3% de uma amostra de DNA.
As sequências de DNA que não codificavam proteínas já eram conhecidas desde 1972, e a descrição “lixo” tinha sido cunhada naquela época. Mesmo o ganhador do Nobel Francis Crick, codescobridor da dupla-hélice, havia afirmado que a maior parte da chave para a vida era “pouco mais que lixo”.
Em setembro de 2012, o projeto internacional Encode publicou um mapa de quatro milhões de chaves encontradas no DNA lixo, chaves que regulavam os genes que codificavam proteínas. 80% da sequência de DNA, portanto, pode ter algum tipo de função bioquímica.
Menos de meio anos depois destes resultados, as mudanças já estão aparecendo: cientistas do Instituto de Tecnologia em Massachusetts (EUA) identificaram uma porção do DNA não codificante que é fundamental ao desenvolvimento de células cardíacas, e outros cientistas descobriram que mutações no DNA não codificante podem ser a chave que causa o câncer de pele.
Estas duas descobertas têm possíveis aplicações médicas e os cientistas estão apenas começando a investigar o DNA não codificante. [Listverse]

terça-feira, 12 de março de 2013

Gêmeo Parasita – Fetus in Fetu

 

Esta anomalia poderia ser dizer que é um exacerbo do caso dos gêmeos xipófagos (siameses). Neste caso, é considerada uma anomalia “fetus in fetu“, quando um gêmeo malformado é encontrado dentro do corpo de um gêmeo hospedeiro, seja uma criança ou um adulto vivo.
Isso mesmo, os gêmeos não chegam a se separar completamente quando são zigotos e ficam unidos por alguma região do corpo. Um destes gêmeos cresce, se desenvolve “normalmente”, enquanto o outro se atrofia e se aloja no interior do gêmeo sadio e passa a depender completamente dele.
De acordo com a literatura especializada, quando o feto hospedeiro consegue sobreviver ao parto, este fica com uma protuberância, como se fosse um inchaço na região onde está feto parasita. Cerca de 80% dos casos ocorrem com o parasita alojado na região abdominal. Quando nasce uma criança (ou um adulto passa por exames específicos), podem ser escontradas no abdomen massas contendo ossos, cartilagem, dentes, tecido do sistema nervoso central, gordura e músculo denominadas ‘teratomas’. Mas só serão consideradas como fetus in fetu caso haja um tronco e membros reconhecidos.
Embora seja difícil saber a taxa exata de incidência, já que os casos podem passar despercebidos durante longos períodos, acredita-se que o fetus in fetu ocorre a cada grupo de 500 mil nascimentos, e muitas vezes passam desapercebidos sem serem diagnosticados.
O indiano Baghat viveu durante anos, sem saber, com o seu irmão gêmeo no próprio estomago.
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Um caso de teratoma – aglomerado de tecido com ossos, cartilagem, dentes, tecido do sistema nervoso central, gordura e músculo!

Irmãos siameses ou gêmeos xifópagos

 

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Os siameses são gêmeos geneticamente idênticos, e por isso, sempre do mesmo sexo. Eles se formam a partir do mesmo óvulo fertilizado e compartilham a mesma placenta. A formação acontece quando a mãe só produz um único óvulo, que não é totalmente separado após a fertilização. O desenvolvimento do embrião começa a se dividir em gêmeos idênticos, normalmente durante as primeiras semanas após a concepção, mas é interrompido antes que o processo está completo. O ovo parcialmente separado desenvolve em um feto siames.
Nascimentos de gêmeos xifópagos, cuja pele e órgãos internos são fundidos, são raros. Podem acontecer uma vez a cada 200.000 nascidos vivos, e sua sobrevivência é rara: entre 5% e 25%. Não se sabe porque, mas xifópagos do gênero feminino são três vezes mais prováveis a sobrevivência do que os meninos.
Existe uma terminilogia médica para o ponto onde os gêmeos são unidos: nos “Thoracopagus” apresentam unidos pelo coração o que torna quase impossível separá-los, nos “omphalopagus” os gêmeos estão ligados desde o esterno à cintura e geralmente, compartilham um fígado, o sistema gastrointestinal, às vezes funções urinárias; nos “craniophagus” a união é pela cabeça, é o caso mais raro.
A separação cirúrgica de gémeos siameses é um procedimento delicado e de risco, que exige extrema precisão e cuidado. Somente após o nascimento é que os médicos podem usar imagens de ressonância magnética, ultra-som e angiografia para descobrir quais os órgãos estão unindo os gêmeos, a fim de determinar a viabilidade de separação.
Embora seja comum o uso do nome “Irmãos siameses”, este terno não é considerado adequeado, pois os xifópagos não estão limitados a qualquer grupo racial ou étnica, e de fato ter nascido em todo o mundo.
UM CASO FAMOSO: Abby Hensel e Brittany Hensel nasceram em 1990, em Carver County, Minnesota. São um caso a parte, gozam de boa saúde e não apresentam nenhuma complicação comuns nestes casos e por isso chegaram “bem” a idade adulta. Embora sejam pessoas totalmente independentes Abby e Brittany compartilham alguns órgãos vitais, mas possuem vários outros duplicados em um único corpo. Vejam as imagens abaixo e assistam um vídeo muito interessante no Youtube, clicando AQUI!

quinta-feira, 7 de março de 2013

A chocante escala do universo

Por em 31.01.2013 as 14:21


O site HT Twins, administrado por Cary e Michael Huang, criou um aplicativo que mostra as escalas do universo.
 
Usando a barra de rolagem para ampliar ou diminuir o zoom, você passeia pelas diversas “escalas” de tamanho (em metros) das mais variadas coisas do universo – das menores, como o comprimento de Planck (um espaço de 1,6 × 10^-35 metros, correspondente à distância que a luz percorre no vácuo durante um tempo de Planck), a espuma quântica (que forma o tecido do universo) e a corda (elemento da teoria das cordas, modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais, semelhantes a uma corda), na escala de 10^−35, às maiores, como o universo observável inteiro, na escala de 10^27.
menor
Os primeiros elementos da escala possuem comprimentos que ainda não podem ser confirmados.
Começando os três elementos citados acima, com o comprimento de 0,0000000001 yoctômetros, até chegar a prótons e nêutrons (com 10^−15 ou 0,000000000000001 metros), que têm comprimentos que podem ser confirmados, a escala apresenta partículas medidas em yoctômetros – uma medida ainda não utilizável (1 ym = 10^−24 metros), já que os métodos de observação atuais não alcançam distâncias tão pequenas.
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Aumentando de tamanho, podemos chegar até a escala de 10^−10, que exibe átomos de hidrogênio e hélio, as menores coisas visíveis em um microscópio eletrônico. A 10^−6, partimos para as coisas que podem ser vistas por um microscópio óptico (maiores do que 200 nanômetros), como o mimivirus, um vírus de 400 nanômetros descoberto em uma ameba em 1992.
A partir dos 100 micrômetros, ou 10^−4, aparecem os menores objetos visíveis a olho nu, como a largura do cabelo humano, e o óvulo (a maior célula presente no corpo humano).
O milímetro, a partir de 10^−3, engloba as maiores bactérias, grãos de areia e de sal. Na altura do metro, as coisas ficam mais “a nossa altura”: entram os seres humanos, os girassóis e animais maiores, como minhocas gigantes (3 metros), caranguejo-aranha-gigante (3 metros), o elefante (5 metros) e a girafa (6 metros).
metro
Chegando a 10², começamos a ter que olhar para cima – Estátua da Liberdade (93 metros), arvore Sequoia (100 metros), Torre Eiffel (320 metros) – e para os lados – Titanic (270 metros), Pirâmide de Gizé (150 metros).
Na escala do quilômetro (10³), entram o Central Park (4 km) e o Grande Colisor de Hádrons (8,6 km). A Hidra, uma das luas de Plutão, tem 100 km, um pouco menor que Brunei, que tem 120, e é um país do sudeste asiático.
central
A região do megametro – ou 10^6 – compreende a Califórnia (1.200 km) e a Itália (1.100 km). Mais para frente, temos Plutão (2.300 km). Em seguida, aparecem os planetas maiores. A Terra possui 12.700 km – pequena perto de Netuno (49.000 km), por sua vez pequeno diante de Saturno (120.000 km), que é minúsculo ao lado do sol (1.400.000 km).
Perto da escala do petametro (10^15), encontramos a Nebulosa Stingray, ou Nebulosa da Raia, uma nebulosa planetária de 800.000.000.000 km (8x 10^14).
É muito interessante a maneira como as escalas se misturam – é curioso ver o tamanho de satélites, como as luas dos planetas, perto do tamanho de países ou continentes.
luas
Você ainda pode conferir o tamanho e a distância de diversas galáxias, as distâncias da Terra à lua, ao sol, a distância de Voyager 1 da Terra (sonda que voou mais longe do planeta até agora), bem como comparar a Via Láctea (120.000 anos-luz de distância, 1,2 x 10^21 metros) às suas vizinhas, como as galáxias Andrômeda e Cata-vento.
terra
Ainda mais encantador é o fato de que a escala está disponível em várias línguas (algumas traduções não estão completas, mas a versão em português é boa), e que, clicando nos objetos, você pode aprender mais sobre eles, além do seu tamanho no mundo. Tão bom quanto uma aula de ciência!
Clique aqui para conferir a Escala do Universo. Escolha português (ou outra língua, se preferir) e clique em “Começar”. Dá para tirar o som, se quiser – é só clicar no ícone com a cifra musical. Bom divertimento!