quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Estamos próximos da 6ª extinção em massa, alertam cientistas

Os cientistas advertiram que o fim pode estar próximo para muitas espécies, e que o nosso planeta está no caminho certo para a sexta extinção em massa.
Estamos próximos de 6ª extinção em massa, alertam cientistas
A Terra já havia sofrido cinco eventos de extinção em massa, o pior deles há 250 milhões de anos, quando 96% das espécies marinhas e 70% das espécies terrestres foram aniquiladas.
Agora, eles acreditam que a combinação de mudanças climáticas, a destruição de habitats naturais e a circulação de animais para novos lugares está levando muitas espécies à extinção.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) disse em 2007 que 20 a 30% das espécies vegetais e animais enfrentam um maior risco de extinção se a Terra continuar a ficar mais quente, e agora uma cientista explorou o que aconteceria se a taxa de extinção for acelerada.
Elizabeth Kolbert disse que a química da mudança dos oceanos é, possivelmente, o maior fator na ladeira escorregadia para a extinção em massa.
Um terço do dióxido de carbono bombeado para o ar por seres humanos fica preso nos oceanos, desestabilizando enormes corpos de água e perturbando os animais que vivem nos oceanos.
“Quando as pessoas tentam reconstruir a história dos oceanos, a melhor estimativa é que o que estamos fazendo para os oceanos tem o potencial de criar uma mudança que não foi vista nos últimos 300 milhões de anos”, ela disse.
E mudanças na química dos oceanos estão associadas com algumas das piores crises de extinção da história.
Ao estudar as criaturas que sobreviveram aos eventos de extinção em massa, os cientistas estão tentando descobrir quais espécies são susceptíveis de sobreviver a uma sexta extinção em massa, com base em suas características. Eles acreditam que a mudança climática está tendo um enorme efeito sobre espécies diferentes, mas com base em pesquisas recentes, eles sugerem que algumas espécies tendem a se adaptar melhor a temperaturas mais elevadas ou procurar por lugares mais amenos. [7 sinais de que caminhamos para uma extinção em massa]
A melhor sugestão dos cientistas é que entre 20 e 30% de espécies em risco de extinção vão sumir se a temperatura média do planeta aumentar em 2 ºC. Isso pode causar um grande desequilíbrio na cadeia alimentar e levar a consequências imprevisíveis. [DailyMail]


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Paradoxo de Fermi - Por que ainda não encontramos outras civilizações?


Cientistas como Stephen Hawking e Carl Sagan sempre acreditaram que os seres humanos vão umdia colonizar o universo. Mas porque não vimos qualquer evidência de outras formas de vida que colonizaram parte do universo?
Galaxia
Um novo estudo conduzido pelo Dr. Stuart Armstrong e pelo Dr. Anders Sandberg, da Universidade de Oxford, tenta responder a essa pergunta. O artigo toma como ponto de partida o paradoxo de Fermi – a discrepância entre a probabilidade de vida extraterrestre inteligente e a ausência de evidências observacionais para tal existência.
Dr. Armstrong diz: “Há duas maneiras de olhar para o nosso estudo. A primeira é como um estudo do nosso futuro – a humanidade poderia, em algum momento, colonizar o universo. A segunda relaciona-se com potenciais espécies alienígenas -, mostrando a relativa facilidade de colonização de galáxias, e faz a falta de provas de outras formas de vida inteligente ainda mais intrigante. Isso piora o paradoxo de Fermi.”
Dr. Sandberg explica: “O silêncio no céu está nos dizendo alguma coisa sobre o tipo de inteligência no universo. O espaço não está cheio de homenzinhos verdes, e que poderiam nos dizer uma série de coisas sobre outras formas de vida inteligente – que poderiam ser muito raras, poderiam estar se escondendo, ou poderiam morrer de forma relativamente fácil. Claro que também pode significar que outras formas de vida não existem. Se a humanidade está sozinha no universo, então temos uma enorme responsabilidade moral. Como a única inteligência, ou talvez as únicas mentes conscientes, podemos decidir o destino de todo o universo.”
Segundo o Dr. Armstrong, uma possível explicação para o paradoxo de Fermi é que a vida se destrói antes que ela possa se ​​espalhar. “Isso significa que estamos em maior risco do que poderíamos ter pensado “, diz ele. “Essa é uma preocupação para o futuro da humanidade.”
Dr. Sandberg acrescenta: “Quase qualquer resposta para o paradoxo de Fermi dá origem a algo desconfortável. Há também a teoria de que um grande número de civilizações está mais ou menos no mesmo estágio em termos de sua capacidade de explorar o universo, mas, pessoalmente, eu não acho que isso seja provável.”

Como o Dr. Armstrong aponta, há planetas semelhantes à Terra muito mais velhos do que o nosso – na verdade, a maioria deles são bilhões de anos mais velhos.
Dr. Sandberg diz: “No início de 1990 , pensamos que talvez não havia muitos planetas por aí, mas agora sabemos que o universo está repleto deles. Temos mais planetas do que jamais sonhávamos.”
O estudo também olha o quão longe uma civilização como a humanidade poderia, teoricamente, se espalhar pelo universo. Estudos anteriores do paradoxo de Fermi têm procurado principalmente espalhar-se dentro da Via Láctea. No entanto , o presente trabalho analisa uma expansão mais ambiciosa.


“Nosso ponto principal é que, se qualquer civilização em qualquer lugar no passado quisesse se expandir, eles já teriam sido capazes de alcançar uma enorme parcela do universo. Isso torna o paradoxo de Fermi mais difícil. Se a vida inteligente é rara, ela precisa ser muito mais rara do que apenas uma civilização por galáxia.” [Phys.org]



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Buracos negros criam outros universos?

 


O universo pode ter nascido dentro de um buraco negro, e os buracos negros em nosso próprio universo podem estar dando origem à novos universos, se uma controversa ideia de um físico sobre o tempo for verdade.
Buracos negros criam outros universos
Buracos negros são corpos com a atração gravitacional mais forte do universo, sendo que eles devoram qualquer objeto, até mesmo a luz, que se aproxima deles. Os buracos negros podem se formar com o colapso de estrelas muito massivas. [Buracos negros: A chave de tudo]
Indo contra o modo de pensar da maioria dos cientistas, o físico teórico Lee Smolin sugere que o tempo é real, ao invés de ser uma ilusão prevista pela teoria da relatividade de Einstein. Smolin descreve a ideia em seu novo livro “Time Reborn”, lançado em abril de 2013.
Recentemente, Smolin concedeu uma entrevista ao site Space.com para explicar mais sobre esta teoria, e da verdadeira natureza do tempo.
Lee Smolin
Lee Smolin

O que significa o tempo ser real ou não? Ele não é obviamente real?

Na concepção física da natureza, desenvolvida de Newton a Einstein, o tempo torna-se um conceito secundário. A lógica e a matemática estão fora do tempo, e portanto, se essa modelagem é totalmente precisa, o tempo é irreal.
Por exemplo, a famosa citação de Einstein diz que a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente. Para a relatividade, o tempo não existe.

Quando você diz que o tempo é real, entra em contradição com as ideias de Einstein?

Primeiro de tudo, sabemos pela experiência de estar no momento presente que existe um fluxo de momentos sucedendo uns aos outros. Isso não é uma ilusão, como Einstein e outros afirmaram – é a pista mais profunda que temos sobre a natureza da realidade.
A realidade está estruturada para uma série de momentos. Para tudo o que é real, isso é real em um momento do tempo, e se algo parece persistir no tempo, é porque ele está continuamente se renovando com o tempo, que é a realidade da existência. Qualquer verdade sobre o mundo é uma verdade sobre o mundo dentro do tempo – não existem verdades eternas. E o mais importante, não existem leis da natureza que estão fora do tempo. Tudo muda, inclusive as leis.

Então como é que este conceito nos ajuda a entender as leis da natureza?

A principal razão pela qual eu defendo essa nova visão do tempo é porque ela pode fazer as leis da natureza explicáveis. E por isso, quero dizer a resposta científica para a questão de por que as leis da natureza são o que elas são.
Se as leis são atemporais e eternas, então não há nenhuma maneira de explicar a escolha de leis. Até onde sabemos, as leis poderiam facilmente ser diferentes de muitos modos. As massas das partículas elementares poderia ser diferentes, o poder das forças poderia ser diferentes, e por aí vai. Vale lembrar que se essas leis fossem diferentes, muito provavelmente não estaríamos aqui, uma vez que galáxias, estrelas e planetas poderiam não ter se formado.
Eu acredito, e este é o resultado de uma discussão que se realiza no livro, que a única maneira dentro da ciência de explicar as leis da natureza é entendendo que elas são resultado da evolução dinâmica no tempo.
A ideia é que o universo evoluiu de uma maneira que é muito análoga à seleção natural em população, por exemplo, de bactérias. Para isso, o universo tem que se reproduzir, e eu assumi uma ideia mais antiga de John Wheeler e Bryce DeWitt, que foram os pioneiros da gravidade quântica. Sua ideia era que os buracos negros são as sementes do nascimento de novos universos. [5 razões que indicam que vivemos em um Multiverso]
John Wheeler já tinha especulado que quando isso acontece, as leis da natureza renascem novamente no novo universo “bebê”. O que eu tinha a acrescentar para que a ideia funcione como um modelo de seleção natural são as mudanças (mutações) que podem acontecer quando um novo universo nasce, isto é, um novo universo pode se desenvolver com algumas características um pouco diferentes das do universo pai. [A vida é um acaso? Não, segundo a tese do Multiverso]
Essa é a teoria que eu chamo de seleção natural cosmológica.

Como esses universos passam seus traços para os universos filhos?

No nível em que eu me proponho a defender esta teoria, eu não consigo responder à essa pergunta ainda, assim como Darwin não tinha ideia de como os traços genéticos eram herdados, porque ele não sabia nada sobre a base molecular da genética, que foi descoberta apenas com o DNA.

Como novos universos nascem dentro de buracos negros?

A estrela que colapsa em um buraco negro aumenta sua densidade drasticamente, de modo que o tempo para (congela), algo que está de acordo com a relatividade geral. E, no momento em que o tempo para, segundo a incerteza quântica, ao invés da estrela entrar em colapso com uma densidade infinita, ela colapsa para uma densidade extrema e, em seguida, salta para trás e começa a se expandir novamente. A estrela em expansão torna-se o nascimento de um novo universo. O ponto onde termina dentro de um buraco negro se une ao ponto onde começa o tempo em um Big Bang em um novo universo.

Será que essa ideia tem predições testáveis?

Eu fiz duas previsões que eram eminentemente verificáveis por observações astrofísicas e cosmológicas, e ambas poderiam ter sido facilmente desmentidas por observações ao longo dos últimos 20 anos, mas ambas foram confirmadas até agora.
Uma delas diz respeito às massas de estrelas de nêutrons e a previsão é que não pode haver uma estrela de nêutrons mais pesada do que cerca de duas vezes a massa do sol. Isso continua a ser confirmado pelas melhores medições das massas de estrelas de nêutrons até o momento. [O que são estrelas de nêutrons?]
A outra previsão tem a ver com a radiação cósmica de fundo e com a hipótese da inflação cosmológica. As observações do observatório Planck são completamente consistentes com a versão da inflação que a seleção natural cosmológica suporta. [Space]


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Uma estrela mais velha que o Universo?

A estrela mais antiga conhecida parece ser mais velha do que o próprio universo, mas um novo estudo está ajudando a esclarecer este aparente paradoxo.
HD 140283 - Uma estrela mais velha que o universo?
HD 140283, também conhecida como Estrela de Matusalém, reside a 190 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Libra. Estimava-se até então que a estrela possuía 16 bilhões de anos de idade, o que é um problema, visto que a maioria dos pesquisadores concorda que o universo nasceu há 13,7 bilhões de anos.
Agora, uma equipe de astrônomos calculou uma nova idade (e menos absurda) para HD 140283, incorporando informações sobre a sua distância, brilho, composição e estrutura.
Segundo o autor do estudo Howard Bond, da Universidade Estadual da Pensilvânia, a idade da estrela é de 14,5 bilhões de anos, com uma incerteza que a torna possivelmente compatível com a idade do universo. A incerteza que Bond se refere é de 800 milhões de anos, o que a coloca como tendo uma possível idade de 13,7 bilhões de anos (poucos tempo após a origem do universo).
Bond e sua equipe usaram o Telescópio Espacial Hubble para estudar a estrela, que já é conhecida há mais de 100 anos.
HD 140283 é uma gigante vermelha e se move-se em uma velocidade de 1,3 milhões de km/h. Segundo os astrônomos, a órbita da estrela sugere que ela tenha nascido em uma galáxia anã que a Via Láctea devorou há mais de 12 bilhões de anos.
As medições do Hubble permitiram aos cientistas medir de modo mais preciso a distância de HD 140283, que é de 190,1 anos-luz. Desse modo, a equipe foi capaz de determinar o brilho, composição e estrutura interna da estrela, o que lança uma luz sobre sua idade aproximada.
O resultado dos cálculos indicou que a estrela nasceu há 14,5 bilhões de anos, com uma margem de erro de 800 milhões de anos para mais ou para menos. Novas observações devem reduzir ainda mais a idade da estrela, eliminando de vez o paradoxo centenário. [Space]


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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

10 fatos estranhos e interessantes sobre Charles Darwin

 


No próximo 12 de fevereiro, Charles Darwin comemoraria seu 205º aniversário. O brilhante naturalista praticamente fundou a biologia moderna com suas obras sobre a teoria da evolução, se tornando um dos maiores cientistas que já viveu.
Reverenciado por muitos e desprezado por alguns, é possível ver uma enorme influência de seus pensamentos em muitos aspectos de nossas vidas. Nada mais justo, então, que saibamos um pouco sobre mais ele. Confira:

10. Darwin era religioso

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O cientista é talvez o mascote mais popular do movimento ateu – sua teoria da evolução é contrária ao criacionismo, a crença religiosa de que a humanidade e tudo no universo são a criação de um agente sobrenatural (Deus).
No entanto, Darwin não era ateu. E, apesar ter se declarado agnóstico durante os últimos anos de sua vida (alguém que não acredita nem nega a possibilidade da existência de um Deus), ele mal falava sobre suas crenças pessoais e não gostava de discutir sobre as implicações de suas teorias em doutrinas teológicas, admitindo que sabia muito pouco sobre religião.
Quando jovem, Darwin era conhecido por ser bastante religioso. Em sua autobiografia, ele lembrou que foi ridicularizado em uma viagem de exploração científica por oficiais do navio da Marinha Britânica HMS Beagle por acreditar que a Bíblia era uma autoridade final sobre a moralidade. Embora não fosse muito ativo nos círculos religiosos, o moço Darwin tinha uma firme convicção de que Deus existia e de que a alma era imortal. Enquanto no Brasil, ele estava tão absorto pela beleza da natureza que a proclamou como a manifestação de um ser superior.
Darwin teve dificuldade em fazer uma transição para o agnosticismo. Quando começou a questionar a existência de Deus, ele disse que não podia apreciar a beleza da natureza com o mesmo vigor religioso que tinha quando era jovem, comparando a sensação como a de ser daltônico.

9. Darwin tinha gosto por comida exótica

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Darwin gostava de experimentar comidas estranhas. Durante seu tempo na Universidade de Cambridge, ele pertencia a um grupo de culinária chamado Glutton Club (Clube dos Glutões), cujos membros se encontravam uma vez por semana para experimentar vários pratos “exóticos” anteriormente desconhecidos para o paladar humano, por exemplo a carne de vários pássaros selvagens, como gaviões.
Quando embarcou em sua missão no HMS Beagle, ele reacendeu seu gosto por iguarias exóticas. Durante a viagem, Darwin foi capaz de experimentar tatus, que disse ter gosto de pato, além de um roedor sem nome que ele descreveu como a melhor carne que já provou. O naturalista até mesmo descobriu uma nova espécie de ave em seu prato do jantar, que mais tarde foi nomeada em sua homenagem - Rhea darwinii.
Em Galápagos, Darwin comeu tartarugas e bebeu fluido de suas bexigas, que ele descreveu como “bastante límpidos e com um gosto só ligeiramente amargo”. Suas façanhas gastronômicas foram ainda mais extremas na América do Sul, onde Darwin conta que comeu uma carne muito branca que o fez se sentir enjoado no começo, pensando que ele estava comendo a carne de um bezerro. Logo, o cientista ficou aliviado ao saber que estava comendo a carne de uma suçuarana, comparando o seu gosto ao de carne de vitela.

8. As teorias de Darwin foram usadas para defender tanto o capitalismo quanto o socialismo

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Algumas pessoas culpam as teorias de Charles Darwin pelos males do capitalismo. Isso porque economistas logo aplicaram a ideia de seleção natural à economia e à sociedade, dando assim origem ao darwinismo social. Os adeptos do darwinismo social acreditam que o sucesso ou o fracasso econômico de uma pessoa é semelhante a luta de um animal para sobreviver. Assim, eles desencorajam o apoio do governo e atividades de caridade que ajudam os pobres, porque creem que a espécie humana se tornará mais forte se a sociedade permitir que os “inaptos” morram. Entre darwinistas sociais notórios estão dois dos homens mais ricos de seu tempo, Andrew Carnegie e John Rockefeller.
Embora o próprio Darwin tenha admitido não ter uma compreensão adequada de política e economia, suas teorias sem dúvida afetaram o crescimento do capitalismo no início do século 20. Devido a isso, a maioria das pessoas assume que a seleção natural não é bem recebida por aqueles que se opõem a esse sistema econômico.
Não é bem assim. Charles Darwin, na verdade, teve uma enorme influência positiva também no extremo oposto do espectro. Enquanto os darwinistas sociais viam as teorias de Darwin como uma forma de justificar a ganância e a opressão, Karl Marx a viu como uma alegoria para as lutas de classes. O filósofo alemão usou a Origem das Espécies de Darwin como a base biológica do socialismo. Conforme um organismo luta para sobreviver em um ambiente hostil, a classe toda também deve lutar contra aqueles que a estão explorando – uma luta de classes que Marx disse ter observado na sociedade. A influência do naturalista em Marx foi tão grande que o famoso socialista planejava dedicar seu livro, “Das Kapital”, a ele, um gesto que Darwin respeitosamente recusou.

7. Darwin também estudou psicologia

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Durante seu tempo no Beagle, Darwin teve o privilégio de se deparar com várias culturas ao redor do mundo. Havia barreiras linguísticas óbvias que o impediam de se comunicar com moradores locais, mas ele observou que as emoções que as pessoas manifestavam – felicidade, tristeza, medo e raiva – não pareciam diferir muito de cultura para cultura. Este seria o início da menos conhecida carreira de Charles Darwin em psicologia, e do eventual desenvolvimento do conceito de emoções universais.
Ele se correspondeu com muitos cientistas para estudar esse fenômeno, incluindo um médico francês chamado Guillaume Duchenne. Duchenne estudou os músculos faciais humanos e propôs que todos os rostos humanos manifestavam até 60 tipos diferentes de emoções. Ele é mais famoso pelas fotos que capturou de rostos de pessoas estimuladas com choques elétricos para produzir esses 60 tipos de emoções.
No entanto, Darwin discordava que todas as 60 emoções eram universais. Ele acreditava que apenas algumas delas eram comuns a todos os seres humanos. Para testar sua hipótese, o cientista realizou um experimento utilizando 11 das imagens de Duchenne. Em ordem aleatória, ele as mostrou uma de cada vez para 20 participantes, perguntando-lhes o que achavam. Quase todos concordaram que algumas mostravam certas emoções como raiva, felicidade e medo. O restante das fotos, no entanto, pareceu mais ambígua e os participantes não concordaram em uma única emoção. Isto confirmou a teoria de Darwin de que existiam apenas algumas emoções universais.
Ele também se envolveu com a psicologia social. O naturalista tinha interesse no conceito humano de compaixão. Ele acreditava que o nosso senso de compaixão moral decorria de nosso desejo natural de aliviar o sofrimento dos outros. Coincidentemente, suas ideias sobre a compaixão eram muito semelhantes aos ensinamentos do budismo tibetano. Recentemente, ao saber sobre os escritos de Darwin sobre o assunto, o 14º Dalai Lama declarou: “Agora estou chamando-me de darwinista”.

6. Darwin tinha ideias loucas sobre casamento

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Darwin casou-se com sua própria prima, Emma Wedgewood. Esse fato de sua vida é bem conhecido. O que ele pensava sobre casamento, entretanto, não é. Antes de juntar os trapos, o cientista escreveu uma lista divertida de prós e contras sobre as facetas do casamento.
Uma parte de Darwin pensava que casar era sobre ter filhos: “Crianças – (Se for do agrado de Deus) – objeto a ser amado e com quem brincar – Melhor do que um cão de qualquer modo”.
Darwin também gostava da ideia de uma companheira: “Meu Deus, é intolerável pensar em gastar toda a vida como uma abelha, trabalhando, trabalhando e nada depois. – Não, não, não vou fazer isso. – Imagine viver todos os dias solitariamente em uma casa suja e nebulosa em Londres. – Só imagine a si mesmo com uma boa esposa em um sofá macio, com uma boa fogueira, e livros e música, talvez – Compare esta visão com a realidade suja da rua Great Marlborough”.
Por outro lado, Darwin sentia que tomar o caminho do celibato também tinha seus benefícios: “A liberdade de ir onde se gosta – Conversa de homens inteligentes em clubes – Não ser forçado a visitar parentes, e se curvar em cada discussão – Não ter a despesa e ansiedade das crianças – Perda de tempo. – Não poder ler à noite – gordura e ociosidade. – Talvez minha esposa não goste de Londres, então a solução seria o exílio e eu pareceria um tolo.” Estes são apenas alguns dos itens que Darwin incluiu em sua lista, que prova que ele era como qualquer outro cara.
Eventualmente, ele decidiu se casar com sua prima de primeiro grau Wedgewood, com quem teve 10 filhos e viveu feliz por 43 anos até sua morte, em 1882.

5. Darwin fez tratamentos de saúde nada científicos

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Embora tenha havido muitas especulações sobre o que deixou Darwin muito doente durante o curso de sua vida, ele não recebeu um diagnóstico preciso de sua condição até mais de 100 anos após sua morte (ele morreu de insuficiência cardíaca, e pesquisadores especulam que tinha doença de Chagas que teria contraído aqui no Brasil). Por causa das limitações da medicina durante sua época, não havia nenhum tratamento satisfatório para ajudá-lo a lidar com seus variados sintomas, mas o cientista encontrou conforto em uma terapia com água muito questionável.
Em uma carta que enviou a seu amigo íntimo, o botânico Joseph Dalton Hooker, Darwin reclamou que vinha sofrendo de vômitos contínuos. Ele também relatou tremores nas mãos e tontura, que presumiu ser resultantes do impacto do vômito incessante em seu sistema nervoso. Ao ler um livro de um certo Dr. Gully sobre uma terapia da água, o naturalista interessou-se pelo tratamento, e mudou-se com sua família para um apartamento alugado perto da clínica do especialista, para receber cuidados.
O Dr. Gully submeteu Darwin a vários procedimentos estranhos, como aquecê-lo com uma “lâmpada de espírito” até que ele transpirasse apenas para esfregá-lo violentamente com toalhas embebidas em água fria. Darwin também recebeu banhos frios nos pés e teve que usar uma compressa úmida em seu estômago durante o dia todo. Surpreendentemente, o naturalista achou o tratamento bizarro e não científico bastante eficaz, dizendo ter visto grandes melhorias em sua saúde após o oitavo dia de consulta com o Dr. Gully. Na mesma carta endereçada a Hooker, ele declarou que tinha certeza de que a cura da água não era charlatanismo. Acho que ninguém havia ouvido falar em efeito-placebo na época.

4. Darwin, o detetive de terremotos

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Pelo menos 25 grandes terremotos foram registrados no Chile desde 1730, sendo que todos mataram milhares de pessoas. Darwin teve a oportunidade desagradável de presenciar a consequência de um deles – o terremoto de Concepción de 1835. Foi um tremor muito forte, com magnitude de 8,8 na escala de Richter. O terremoto, que ocorreu por dois minutos, demoliu toda a cidade em meros 6 segundos.
Durante o tempo do terremoto, Darwin estava viajando com o Beagle. Quando chegou a costa de Concepción, imediatamente começou a investigar a natureza e a origem do tremor. Ele descreveu a devastação como “o espetáculo mais terrível e interessante que já viu”. O cientista fez observações sobre as sequelas do terremoto, notando que o litoral do Chile havia se tornado permanentemente elevado, particularmente na ilha de Santa Maria, que havia crescido 3 metros a partir da sua altitude de origem. Ele reuniu suas próprias observações e combinou-as com testemunhos da população local para reconstruir os acontecimentos antes e durante o terremoto. Depois de semanas de trabalho, Darwin descobriu que o terremoto podia ter sido causado por uma cadeia de vulcões ao longo da costa do Chile, que entrou em erupção pouco antes de sua ocorrência.

3. Se convertendo em cristão novamente

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Durante a segunda metade do século 19, Darwin já era bastante popular nos círculos científicos. No começo dos anos 1880, quando estava se aproximando de sua morte, uma mulher chamada Elizabeth Hope estava apenas começando a se tornar conhecida no movimento evangelístico.
Darwin e Hope pertenciam, obviamente, a dois mundos diferentes. Um encontro de ambos parece muito improvável, mas um artigo de 1915 do jornal batista “Boston Watchman Examiner” alegou exatamente isso. O texto detalhava como Darwin convidou a jovem Elizabeth para visitá-lo, e supostamente confessou seu arrependimento em ter desenvolvido a teoria da evolução. Ele teria pedido a evangelista que compartilhasse com seus vizinhos a mensagem de Jesus Cristo e da salvação que ele traz para a humanidade.
A história era muito atraente para os evangélicos, é claro. Saber que a mente por trás da teoria da evolução retratou suas próprias ideias e se converteu ao cristianismo não só lhes dava uma forma de responder aos chamados “evolucionistas”, como também reafirmava sua fé na história bíblica da criação.
No entanto, a lenda desse encontro bizarro foi desmascarada tão rapidamente e facilmente quanto se espalhou. Na autobiografia de Darwin, ele repetidamente menciona sua dissociação com o cristianismo e conclui que o agnosticismo seria a descrição mais correta para seu estado de espírito. Seu filho, Francis Darwin, proclamou que seu pai manteve uma visão agnóstica no fim da sua vida, até a sua morte. A esposa de Darwin, que era muito religiosa e teria gostado de vê-lo voltar ao cristianismo, nunca mencionou qualquer conversa do tipo antes da morte do marido. Ela lembrou que suas últimas palavras foram “lembre-se como você tem sido uma boa esposa para mim” e que ele não tinha “o menor medo de morrer”.

2. As neuroses de Darwin

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Enquanto Darwin sofria de muitos males físicos, alguns biógrafos se mostraram mais intrigados com o seu estado de espírito. Em suas cartas a seus amigos, o cientista revela que sofria de pensamentos obsessivos que, em suas próprias palavras, eram “horríveis”.
Esses pensamentos, que ocorriam principalmente durante a noite, causavam-lhe grande angústia. Em uma carta a seu grande confidente Dr. Hooker, Darwin escreveu: “Eu não conseguia dormir e tudo o que eu havia feito no dia me assombrava vivamente à noite com uma repetição desgastante”.
Ele era paranoico com o fato de que passaria sua enfermidade para seus filhos. Ele também era infinitamente crítico de sua aparência física, acreditando-se ser bastante feio. O cientista precisava de constante reafirmação de outras pessoas, além de proferir um mantra centenas de vezes para aliviar os seus pensamentos obsessivos.
O psiquiatra e biógrafo de Darwin John Bowlby observou que o gênio não foi capaz de lamentar corretamente a morte de sua mãe quando era jovem, o que pode ter levado a sua neurose. Foi em face destas dificuldades mentais que Darwin se tornou um dos pensadores mais influentes da história.

1. O projeto mais ambicioso de Darwin

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Há 200 anos, havia uma pequena e isolada ilha vulcânica no sul do Atlântico, a 1.600 quilômetros ao largo da costa da África, chamada Ilha de Ascensão. Seca e sem vida, ela ficou desabitada desde a sua descoberta em 1501 até 1815, quando a Marinha Real Britânica a usou como uma estação militar para manter um olho sobre Napoleão durante seu exílio na vizinha Ilha Santa Helena.
Hoje, Ascensão não é mais triste e desolada. A ilha agora possui uma paisagem exuberante e uma população de cerca de 1.100, graças a Darwin. Sua viagem de cinco anos com o Beagle estava prestes a terminar quando o navio passou por lá. A vista da ilha apocalíptica de cones vulcânicos vermelhos brilhantes e lava negra inspirou o curioso cientista. Pouco depois de Darwin voltar para a Inglaterra, ele e seu amigo John Hooker criaram um plano simples para convertê-la em uma “pequena Inglaterra”.
Com a ajuda da Marinha, os dois colheram diferentes espécies de plantas de todo o mundo para levar para a ilha, de 1850 em diante. Na década de 1870, o pico mais alto de Ascensão tornou-se significativamente mais verde, com eucaliptos, pinheiros, bambus e bananeiras. Plantas que geralmente não são vistas lado a lado em outros lugares do mundo foram vistas juntas pela primeira vez na ilha – e resolveram o problema da falta de água no local.
Enquanto ecossistemas geralmente se desenvolvem ao longo de milhões de anos, o artificial criado por Darwin e Hooker floresceu apenas em uma questão de décadas. De acordo com o ecologista britânico David Wilkinson, a NASA poderia aprender muito com o método dos cientistas quando começar a fazer o mesmo com Marte. [Listverse]

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Os magníficos pombos de Darwin

Os magníficos pombos de Darwin

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Charles Darwin viu a evolução nos pombos. O princípio-chave da teoria da evolução de Charles Darwin é a seleção natural, isto é, a modificação de seres vivos ao longo de inúmeras gerações de acordo com a capacidade de se adaptar ao seu ambiente. Uma gazela lenta é devorada pelo leão que, ao matá-la, não permite que seus genes “lentos” passem adiante. Apenas as gazelas mais rápidas conseguem se reproduzir e as mais lentas são extintas. O mesmo ocorre com leões lentos e fracos: não conseguem propagar seus genes.
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Em busca de confirmações Darwin compreendeu que a seleção artificial funciona de maneira semelhante, mas ao invés das características serem escolhidas naturalmente pela capacidade do animal sobreviver e se reproduzir são escolhidas por humanos que querem ver animais exóticos, com aparências curiosas. Darwin juntou-se ao clube de criadores de pombas da região onde morava, era o único nobre a participar da atividade. Mas obviamente não se interessava especialmente em pombos bonitos, mas nas evidências que a seleção artificial poderia agregar a sua teoria.
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Junto com os criadores aprendeu que em algumas gerações um criador de pombos poderia selecionar qualquer característica física que desejasse: um bico curto ou pescoço longo ou penas encaracoladas. Basta reproduzir aves que exibem a característica desejada com outra semelhante, sempre selecionando os filhotes que tivessem estas características mais acentuadas. Repetindo o processo durante algumas gerações é possível chegar a resultados encantadores como os que você vê a aqui.
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Darwin dissecou centenas, senão milhares destes pombos para explorar os processos por trás da seleção natural. Durante sua viagem ao redor do mundo ele conseguiu observar claramente que as espécies se modificam, mas não conseguia explicar como. Então ele usou as pombas para experimentar como as características podem ser herdadas pelas gerações seguintes e como os criadores usavam isto para manipular as espécies ao longo do tempo.
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É incrível observar como todos estes pombos são, em realidade, variações de uma única espécie de pombo doméstico. Transportando essa noção para a seleção natural, ao longo de tempo e gerações suficientes é fácil de entender como uma espécie se transforma em outra de maneira muito gradual e lentamente. A diferença é que na seleção natural é o ambiente que seleciona as características físicas.
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É a velha piada darwiniana que todos conhecemos: quando você está passeando pelo zoológico com um amigo e um urso foge vocês começam a correr. Seu amigo diz: “nós não conseguimos correr mais rápido do que um urso” e você responde que não precisa ser mais rápido do que o urso, mas apenas mais rápido do que seu amigo. Se o seu amigo tem alguma característica indesejada para este ambiente, como obesidade, por exemplo, a tendência é que suas características desapareçam do acervo genético. Do contrário pode ser você que vire lanche de urso.
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Estas fotos são do britânico Richard Bailey e retrata animais criados especialmente para exposições, feiras e exibições. [Fancy Pigeon, Natural History Museum, Bored Panda]
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