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Os cientistas descobriram que uma espécie de mariposa russa (que aparece neste vídeo), Calyptra thalictri, não se alimenta só de frutas, como eles pensavam.
Parece que, quando as mariposas macho da espécie têm a chance de se alimentar de dedos humanos, inserem suas mandíbulas e começam a chupar nosso sangue .
Os pesquisadores acreditam que os machos podem sugar o sangue de humanos e outros mamíferos, a fim de serem capazes de dar um “presente sexual” para as fêmeas.
Quando os machos se alimentam de sangue, eles podem passar o teor de sal obtido a partir do líquido para as fêmeas durante o acasalamento, dando a suas larvas uma melhor nutrição.
Essa descoberta é um passo importante na história evolutiva e de adaptações dessas criaturas. Morcegos vampiros, que também se alimentam de sangue, contêm compostos de afinamento do sangue em sua saliva que têm potenciais aplicações no tratamento de derrame. Mariposas vampiros poderiam ser úteis em outras aplicações científicas.[Life'sLittleMysteries]
Você conhece alguém com um olho verde e outro azul? Sabe por que isso acontece? Nós temos a resposta!
A verdade é que esse tipo de fenômeno não é muito comum, aparecendo apenas em 11 a cada mil pessoas e, ao contrário do que muitos acreditam, nem sempre essa característica é de nascimento.
A cor da íris se desenvolve nos primeiros meses após o nascimento, com uma quantidade de melanina determinando a cor dos olhos. Quanto menos melanina, mais claros os olhos.
Mas algumas vezes a concentração e a distribuição da melanina não é uniforme, levando a um fenômeno conhecido como heterocromia – cada olho fica de uma cor diferente.
E há diferentes tipos de heterocromia: a central, em que os olhos apresentam várias cores (como um centro castanho e o fim da íris azulado), a sectoral (que é apenas uma “pincelada” de cor diferente nos outros ônibus) e a completa, que é quando a íris toda é de uma cor diferente da outra.
Normalmente, a heterocromia não está ligada a nenhum problema de saúde e pode ser herdada geneticamente de algum dos pais.
No entanto, há alguns sinais que devem ser levados em consideração. Por exemplo, a heterocromia pode ser sinal de síndrome de Waardenburg, que faz com que crianças percam também a audição e apresentem cabelos prematuramente grisalhos. [Lifes Little Mysteries]
Muita gente diz que bebê é tudo igual, que eles nascem com a mesma cara de “joelho”. E, apesar de isso não ser bem verdade, muitos realmente nascem com uma característica comum: olhos azuis. Os mesmos olhos azuis já não são tão predominantes nos meses seguintes; o contrario ocorre, poucas crianças mantêm a cor clara. Por quê?
Segundo os oftalmologistas, tem a ver com a quantidade de melanina com que nascemos, e se ela aumenta após o nascimento. A melanina é um pigmento; quanto mais você tem nos olhos, no cabelo e na pele, mais escuros eles são (e mais luz eles refletem).
Um pequeno depósito de melanina na íris dos olhos faz com que elas pareçam azul, enquanto uma quantidade média torna os olhos verdes ou castanhos e uma quantidade grande os deixa marrom escuro.
Os bebês não nascem com toda a melanina que estão destinados a ter. Esse processo de maturação continua pós-útero, o que significa que a cor dos olhos não é definida até os 2 anos de idade.
Apesar de alguns bebês de etnias não-brancas também nascerem com olhos azuis, que se tornam marrons ao longo do tempo, o efeito é muito menos comum do que com bebês caucasianos. Indivíduos de pele mais escura geralmente já têm bebês de olhos castanhos porque eles já nascem com mais pigmento. [LifesLittleMysteries]
O físico teórico Lawrence Krauss já tomou parte em muitos tópicos complicados, da evolução até o estado das políticas científicas, passando pela física quântica e até a ciência em Star Trek. Mas em um de seus livros, ele talvez fale sobre o assunto limite: como nosso universo surgiu do nada sem uma intervenção divina.
O argumento de que Deus foi o responsável pelo toque inicial, dando vida ao cosmos, vem desde Aristóteles e Tomás de Aquino. Em debates com teólogos, “a questão ‘porque existe algo ao invés de nada’ sempre aparece como ‘inexplicável’ e implica a existência de um criador”, afirma Krauss. “Nós já fomos tão longe, que responder essa pergunta – ou fazer questões similares – virou parte da ciência”.
Ele comentou essa intrigante questão em uma palestra gravada, em uma conferência da Aliança Ateísta Internacional, em 2009. O vídeo já teve mais de um milhão de visualizações, e incitou Krauss a publicar seu mais novo livro, “A Universe From Nothing”.
Porque existe algo ao invés de nada? O cientista afirma que essa questão implica uma pesquisa que não está realmente no propósito científico. “O ‘porque’ nunca é realmente um ‘porque’… de verdade, quando dizemos ‘porque’, estamos querendo saber ‘como’”.
Ok, mas então como temos um universo do nada? Krauss traça uma série de descobertas, desde a teoria geral da relatividade de Einstein até os últimos estudos da energia escura, exemplificando como os cientistas determinaram que os espaços vazios estão preenchidos com energia, na forma de partículas virtuais. Da perspectiva da física quântica, as partículas entram e saem da existência a todo o tempo. Pra Krauss e muitos outros teóricos, o nada é tão instável que ele tem que criado algo: em nosso caso, o universo.
E ainda mais. Krauss e seus colegas tem a visão de que pode haver uma sucessão infindável de big bangs, criando muitos universos com diferentes parâmetros e leis físicas. Alguns desses volta ao nada imediatamente, enquanto outros – como o nosso – ficam por aí tempo suficiente para dar origem às galáxias, estrelas, planetas e vida. Os cientistas ainda não têm uma forma de testar essa hipótese, mas isso explicaria como temos sorte de estar vivos: ganhamos na loteria cósmica.
“Alguns dizem ‘Bom, isso é só uma escapatória’”, comenta Krauss. “Mas é uma desculpa menor do que Deus”.
Positivos e negativos
O livro de Krauss não é o primeiro a colocar que Deus é desnecessário para a criação do universo.
Stephen Hawking apresentou um ponto parecido em seu livro “The Grand Design”. O argumento chave é que a energia positiva da matéria é balanceada pela energia negativa do campo gravitacional. Da perspectiva quântica, a energia total do universo é zero e a evidência matemática disso seria o fato do universo ser plano e não esférico. Portanto, a energia do “nada” é conservada, mesmo que “algo” entre na história.
A ideia de um balanço entre a energia positiva e negativa tem gerado críticas por parte do criacionismo, mas Krauss afirma que o conceito bate com as teorias cosmológicas atuais.
“Soa como uma fraude, mas não é. Uma vez com a gravidade, o incrível é que você pode começar com zero energia e acabar com diversas coisas, e essas podem ter energia positiva, contanto que você faça o efeito contrário com energia negativa. A gravidade permite que a energia seja negativa”, afirma o cientista.
Daqui a muito tempo, quando todas as galáxias tiverem expandindo até o fim, e todas as estrelas morrido, os positivos e negativos vão se cancelar, levando nosso universo a voltar à uniformidade do espaço vazio. “O ‘algo’ talvez esteja aqui por um pequeno período de tempo”, afirma Krauss.
Acentuar o positivo
Para muitos isso pode soar um tanto suicida. O famoso evolucionista (e um dos ateus mais famosos do mundo) Richard Dawkins afirma o seguinte: “Se você acha que isso é sombrio e pouco entusiasmante, que pena. Realmente não traz conforto”. Mas Krauss não pretende ser um depressor. “Meu objetivo não é destruir a religião, apesar de isso ser um efeito colateral interessante. Meu objetivo não é diferente do que o de Charles Darwin com seu livro “A Origem das Espécies”. Meu objetivo é usar essa fascinante questão, que todos fazem, e motivar as pessoas a aprender sobre o universo real”.
Krauss afirma que a perspectiva científica sobre as origens e o destino do universo oferece uma alternativa válida para o tradicional “consolo” que a religião propõe.
“Aqui estão estas marcantes leis da natureza que surgiram e produziram tudo que você conhece, algo muito mais interessante do que qualquer conto de fadas”, comenta Krauss. “Nós somos os beneficiários sortudos disso, e deveríamos aproveitar o fato de termos consciência para apreciar o universo. É um acidente fantástico, como temos sorte de ser parte disso! E você pode criar uma ‘teologia’ ao redor disso, se quiser”.
É claro que Krauss não se refere à teologia no sentido literal, do estudo de Deus, mas em um sentido de atitude com a vida e seus significados (ou falta de). Qual é a sua atitude? Sinta-se livre para expressar sua opinião, mas com respeito.
Confira a palestra do físico Lawrence Krauss com legendas, em três partes: Parte I, Parte II e a Parte III ou a versão original abaixo.
[MSN]
Há quem pense que as novas gerações estão mais estúpidas do que nunca. Embora seja difícil dizer com certeza se estamos mesmo ficando menos inteligentes, uma nova teoria, bastante controversa, afirma que os humanos estão vagarosamente, mas definitivamente perdendo capacidades intelectuais e emocionais.
Dr. Gerald Crabtree, da Universidade Stanford (EUA), baseou sua teoria no fato de que a inteligência “superior” humana (em relação a outros animais) foi resultado de uma enorme pressão evolutiva. A inteligência e comportamento humanos exigem, portanto, o funcionamento ideal de um grande número de genes.
Essa complicada rede de genes que supostamente nos dá a grande vantagem em relação a outros seres vivos é suscetível de mutações que, sem a manutenção de uma enorme pressão evolutiva, tendem a nos “emburrecer”.
Crabtree acredita que o desenvolvimento de nossas capacidades intelectuais e a otimização de milhares de genes de inteligência provavelmente ocorreram em grupos dispersos de povos, antes de nossos ancestrais surgirem na África.
Nessa época, a inteligência era crítica para a sobrevivência, por isso uma imensa pressão agindo sobre os genes necessários para o desenvolvimento intelectual levou a um pico da inteligência humana.
A teoria de Crabtree é que, a partir desse ponto, a inteligência humana provavelmente começou a lentamente perder terreno.
Depois da agricultura e, consequentemente, da urbanização, passou a haver menos seleção natural para os “mais inteligentes”.
Com base em cálculos da frequência com que mutações prejudiciais aparecem no genoma humano e no pressuposto de que 2.000 a 5.000 genes são necessários para sustentar nossa alta capacidade intelectual, Crabtree estima que dentro de 3.000 anos (cerca de 120 gerações) todos nós teremos sofrido duas ou mais mutações prejudiciais para a nossa estabilidade intelectual ou emocional.
Crabtree argumenta que a combinação de uma menor pressão seletiva e um grande número de genes facilmente afetados por mutações está “corroendo” nossas capacidades intelectuais e emocionais.
Porém, ele também argumenta que essa perda de inteligência é muito lenta e, a julgar pelo ritmo acelerado de descoberta e avanço da nossa sociedade moderna, tecnologias futuras poderão apresentar soluções para o problema.
“Acho que chegaremos a compreender cada uma das milhões de mutações humanas que possam comprometer nossa função intelectual, e como cada uma delas interage com umas as outras e com demais processos, bem como suas influências ambientais”, diz. “Então, seremos capazes de corrigir qualquer mutação no nosso organismo, em qualquer estágio de desenvolvimento. O processo brutal da seleção natural será desnecessário”, opina.[
A cruza entre leão e tigre resulta em um animal com gigantescas proporções. Mais abaixo você poderá ver fotos e vídeos sobre o ligre.
O ligre é um híbrido, uma mistura de leão e tigre, que resultou no maior felino do mundo. Ele tem quase cem vezes o tamanho de um gato doméstico e o dobro do tamanho de um leão africano.
Marcadores genéticos que não se expressam em seus pais acabam resultando em um felino colossal que produz hormônio de crescimento e nunca para de crescer durante toda a sua vida. Eles também são estéreis. Aparente eles não possuem um gene inibidor do crescimento.
Mas a história é diferente com as fêmeas de ligre: apesar delas também ficarem imensas com cerca de 320kg e 3m de comprimento, ela são férteis.
O maior ligre que já existiu, reconhecido como o maior felino do mundo pelo livro Guinness dos Recordes, foi Hércules, com 408kg e apenas três anos de idade.
O ligre não existe na natureza, pois os tigres vivem nas florestas asiáticas e leões na savana africana. Mas quando estes animais se encontram em zoológicos eles podem cruzar e tem compatibilidade genética suficiente para gerar o bizarro ligre.
Apesar de ser extremamente poderoso é bem possível que o ligre não conseguisse sobreviver na natureza justamente por causa de suas proporções colossais. Ele não consegue correr tão rápido ou mesmo ter a mesma resistência que um leão. [Wikipedia, Live in a Fast Lane]
De um prédio suntuoso do meio do Bronx, distrito nova-iorquino marcado pela coexistência nem sempre pacífica de imigrantes de etnias diferentes, saíram algumas das mentes mais notáveis da ciência no mundo. Foi neste lugar, na escola pública Bronx Science High School, que foram formados não um nem dois, mas oito cientistas que acabaram recebendo um prêmio Nobel. O mais recente deles acabou de ser anunciado: Robert Lefkowitz recebeu o Nobel de Química deste ano por mapear uma importante família de receptores e mostrar como as células do corpo reagem a estímulos.
“Temos orgulho de oito dos nossos alunos terem sido premiados com um Nobel”, diz Jean Donahue, diretor assistente pela área de ciência, ao Porvir. A lista de premiados começou a ser construída em 1972, quando Leon Cooper ganhou o Nobel de física. Os dois seguintes, Sheldon Glashow e Steven Weinberg, colegas de escola, receberam juntos também o Nobel de Física em 1979. E assim foi. Em 1988, 1993, 2004 e 2005, todos de física. Neste ano, Lefkowitz foi o primeiro dos ex-alunos da instituição a ser laureado por suas pesquisas em química. Todos eles frequentaram os bancos e laboratórios da escola entre as décadas de 40 e 60. Se a Bronx Science High School fosse um país, estaria em 13o lugar, junto da Bélgica, em número de laureados. Apenas a título de comparação, o Brasil até hoje nunca recebeu um Nobel.
crédito Elena Moiseva / Fotolia.com
E qual seria o segredo para uma receita de tanto sucesso? A essa pergunta, Donahue responde com um singelo “tentamos incutir o método científico nos alunos”. Inaugurada em 1938 já com a preocupação de ser forte no ensino de ciências, a escola tem como lema “Perguntar, Descobrir e Criar”. “Nossa filosofia é centrada em ensinar habilidades de pensamento crítico. Nós queremos inspirar os alunos a fazer perguntas sobre o mundo em volta deles e guiá-los a encontrar as respostas”, afirma o diretor. Assim, diz ele, mesmo que um estudante não tenha afinidade com ciência, ele levará para a vida competências úteis que servirão em qualquer carreira.
Na prática, esse “incutir o método científico” quer dizer que um aluno interessado por ciência terá a sua disposição uma gama de disciplinas obrigatórias e eletivas um tanto rara em escolas públicas de ensino médio. Eles podem fazer aulas avançadas de genética, química analítica e microbiologia. A escola estimula seus estudantes também a encontrarem um assunto que queiram estudar a fundo e, definido o tema, os ajuda a encontrar um cientista da academia que aceite dar apoio ao trabalho dos jovens. “Muitos professores generosos têm concordado em receber nossos alunos e permitiram que eles trabalhassem em seus laboratórios”, disse Donahue.
crédito BxScience/ Divulgação
E para quem não gosta tanto assim de ciências, há opções de eletivas em outras áreas do conhecimento – talvez esse dado justifique o fato da escola também colecionar vencedores do Pulitzer, maior prêmio norte-americano de jornalismo – seis estudantes e sete prêmios. Só em línguas estrangeiras, os alunos têm a opção de estudar chinês, francês, grego, japonês, espanhol, italiano e até latim. Na área de humanas, é possível fazer estudos aprofundados em governo e política, geografia humana e Holocausto. “Muitos de nossos alunos têm interesse particular em ciência e matemática, mas muitos não têm”, afirma o professor.
Para entrar na escola, é preciso fazer um exame de admissão e ser morador de Nova York. A procura costuma ser grande, uma vez que, além do histórico de Nobel e Pulitzer, a escola está entre as mais bem avaliadas de Nova York e seus egressos costumam ir bem nos vestibulares das universidades norte-americanas. E isso, para uma região que vive desafios sociais, é sempre uma boa notícia. “Muitos dos nossos alunos vêm de famílias de imigrante. Muitos são realmente pobres, mas a maior parte vem de famílias com rendimentos modernos”, disse o diretor.
Nada ali naquele espaço de 32 mil m² da cidade indiana de Tilônia, no Rajastão, foi projetado por profissionais: nem o telhado que reaproveita a água da chuva nem a posição de portas e janelas, que otimiza a passagem do vento, nem as placas que transformam energia solar em luz. Os professores não têm diploma e os alunos – na verdade, alunas na maioria – são analfabetos e de regiões rurais. Tudo na Universidade dos Pés Descalços, ou Barefoot College, vem da sabedoria popular. A instituição, fundada há 40 anos, tornou-se referência na Índia por capacitar pessoas de origem pobre a resolverem seus problemas com soluções simples. A partir de hoje o mundo pode conhecer a história de uma delas, a beduína Rafea, 32, pelo documentário Solar Mamas.
Rafea é uma mãe de quatro crianças que aceita o desafio de sair de seu vilarejo pela primeira vez para fazer parte do programa de formação de engenheiras solares – as Solar Mamas – da Universidade de Pés Descalços. Não é uma decisão fácil. A contragosto do marido, ela deixa a Jordânia para estudar na Índia, onde encontra mulheres de vários lugares do mundo, como Guatemala, Colômbia, Quênia e Burkina Faso, com históricos e saberes distintos, mas com a mesma intenção: aprender a transformar energia solar em luz elétrica.
crédito iggyphoto / Fotolia.com
Durante o curso, que dura seis meses, as alunas vivem em comunidade: dormem juntas, cozinham, cuidam do espaço, aprendem que podem fazer muito mais para si e para suas comunidades do que estavam acostumadas. No caso de Rafea, no entanto, apesar de estar vivendo uma experiência única, ela precisa interromper seus estudos. Seu marido ameaça se separar dela e levar consigo os filhos do casal caso ela não volte para casa. Sem opção, a beduína volta, mas não desiste de tentar persuadir seu marido de que seus estudos na Índia vão beneficiar todo mundo.
O programa de engenharia solar da instituição do qual Rafea faz parte já levou luz elétrica para diversos vilarejos indianos e se espalhou em regiões vulneráveis pelo mundo. Durante o TED Global de 2011, Bunker Roy, fundador da universidade, conta como faz para ensinar essas mulheres a transformarem suas vidas e a de suas comunidades: pela linguagem de sinais. Como elas são iletradas e não falam uma língua em comum, são os gestos mesmo que ajudam no compartilhamento de conhecimento. “Nenhuma língua pode ajudar mais no aprendizado do que conviver. Ainda mais no meio do ciclo de vida. Um ambiente aberto de aprendizagem já é suficiente para criar nelas um nível elevado de curiosidade em coisas novas que podem aprender para mudar suas vidas e as da comunidade onde estão inseridas”, disse a instituição ao Porvir.
A opção de apostar nas mulheres, diz Roy no TED, está no fato de que são elas, especialmente as mais velhas, que mais vivem as dificuldades das zonas rurais. Os mais novos, sobretudo os homens, querem um diploma para conseguir um emprego nas áreas urbanas, afirma o fundador. “Por todo o mundo, há essa tendência de o homem querer um certificado. Por quê? Porque eles querem deixar seus vilarejos e ir buscar um emprego nas cidades. Então nós apresentamos essa grande solução: treinar avós”, disse ele no evento mundial.
A Universidade dos Pés Descalços, além do programa que forma engenheiras solares, também tem cursos voltados para resolver problemas de seu cotidiano, como formas de cozinhar com energia solar e artesanatos. “Uma simples solução pode trazer uma grande revolução”, diz a instituição.
A história completa de Rafea pode ser conferida hoje pelo festival Independent Lens e, no Brasil, pelo canal Futura em 28 de novembro, às 21h30. Confira aqui o trailer, com legenda em inglês.
Pesquisadores do Canadá descobriram evidências de penas em fósseis de um dinossauro jovem e dois adultos de Ornithomimus, uma espécie dentro do grupo dos ornitomimos. Essa descoberta sugere que a plumagem dos pássaros modernos originalmente evoluiu nos dinossauros, para motivo de exibição, e não voo.
Os fósseis de 75 milhões de anos foram encontrados ao sul de Alberta (Canadá). Enquanto os cientistas pensavam que os ornitomimos fossem animais rápidos e sem pelo, a descoberta inédita sugere que todos os dinossauros com aparência de avestruz tinham penas.
Os espécimes coletados revelam que os dinossauros tinham apenas uma base de penas no corpo ao longo da sua vida, enquanto os mais velhos desenvolviam penas em seus braços, que se aproximavam de asas.
Porém, os animais eram grandes demais para voar, então os pesquisadores acreditam que a plumagem poderia ter sido utilizada para atrair um companheiro (exibição) ou na proteção de ovos durante a incubação.
“Esse padrão difere do observado em aves, no qual as asas geralmente se desenvolvem muito cedo, logo após a eclosão do ovo”, disse Darla Zelenitsky, principal pesquisadora do estudo.
“O fato de que membros parecidos com asas se desenvolviam em indivíduos mais maduros sugere que as penas eram usadas apenas mais tarde na vida, talvez associadas a comportamentos reprodutivos, como exibição ou no cuidado com a ninhada”, explica o paleontólogo Francois Therrien.
Dinossauros e penas
Essa não é a primeira vez que um dinossauro com penas é encontrado. Já faz um tempo que essas descobertas têm levado cientistas a estudar a relação dos dinossauros com as aves modernas por causa de semelhanças evolutivas.
Os novos fósseis foram os primeiros espécimes de dinossauros com penas encontrados na América do Norte. Outros já foram descobertos quase que exclusivamente em rochas na China e na Alemanha.
Por exemplo, o maior dinossauro com penas já registrado foi encontrado no noroeste da China. A datação estima que pertença ao período Cretáceo, há 125 milhões de anos, quando os dinossauros viviam seu apogeu. A espécie foi nomeada Yutyrannus huali, uma combinação de latim e de mandarim que significa “belo tirano com penas”.
Esse dinossauro também era grande demais para voar e suas penas eram moles demais para permitir que sequer saísse do chão, o que levanta a hipótese de que elas estariam lá apenas para aquecer o animal, já que a Era do Cretáceo foi um período relativamente frio. Outros sugeriram que as penas serviam apenas para exibição, como os pássaros modernos as usam hoje para objetivos reprodutivos.
A tese que os dinossauros tinham penas para exibição é apoiada pelos oviráptors que viveram no período Cretáceo cerca de 75 milhões de anos atrás, e que tinham caudas excepcionalmente compactas e flexíveis, que, combinadas com um leque de penas anexado ao final da cauda, teriam permitido que o dinossauro fizesse um show similar ao de um pavão moderno.
Dinossauros de quatro asas com penas, fósseis de penas de dinossauro coloridas e um fóssil de dinossauro com uma espécie de corcova, que pode indicar a presença de um primitivo folículo de penas, são algumas outras descobertas que também indicam que os dinossauros podem ser parentes evolutivos dos pássaros modernos.[DailyMail]
Em uma tentativa de inserir na ciência os conceitos de “alma” e “consciência”, os cientistas Stuart Hameroff (diretor do Centro de Estudos da Consciência na Universidade do Arizona, EUA) e Sir Roger Penrose (físico matemático da Universidade de Oxford, Inglaterra) criaram a teoria quântica da consciência, segundo a qual a alma estaria contida em pequenas estruturas (microtúbulos) no interior das células cerebrais.
Eles argumentam que nossa “consciência” não seria fruto da simples interação entre neurônios, mas sim resultado de efeitos quânticos gravitacionais sobre esses microtúbulos – teoria da “redução objetiva orquestrada”. Indo mais longe: a alma seria “parte do universo” e a morte, um “retorno” a ele (conceitos similares aos do Budismo e do Hinduísmo).
De acordo com Hameroff, experiências de quase morte estariam relacionadas com essa natureza da alma e da consciência: quando o coração para de bater e o sangue deixa de circular, os microtúbulos perdem seu estado quântico. “A informação quântica contida neles não é destruída, não pode ser; apenas se distribui e se dissipa pelo universo”.
Se o paciente é trazido da beira da morte, essa informação volta aos microtúbulos. “Se o paciente morre, é possível que a informação quântica possa existir fora do corpo, talvez de modo indefinido, como uma alma”, acrescenta.
Embora a teoria ainda seja considerada bastante controversa na comunidade científica, Hameroff acredita que os avanços no estudo da física quântica estão começando a validá-la: tem sido demonstrado que efeitos quânticos interferem em fenômenos biológicos, como a fotossíntese e a navegação de pássaros.
Vale ressaltar que Hameroff e Penrose desenvolveram sua teoria com base no método científico de experimentação e em estudos feitos por outros cientistas, ao contrário do que ocorrem em casos de “pseudociência” em que simplesmente se acrescenta a física quântica como “ingrediente legitimador” de teorias sem fundo científico. Basta aguardar para ver se outros experimentos e estudos validam as descobertas da dupla.[Daily Mail UK]
Confira um vídeo sobre a pesquisa de Hameroff e Penrose (conteúdo em inglês):