
Isto pode melhorar aproveitamento de fontes solar e eólica
Pesquisadores do Canadá e dos EUA afirmam ter achado novos modos de levar energia às pessoas e de reduzir a quantidade de carbono na atmosfera.
Uma equipe de cientistas espera produzir uma técnica barata e eficiente de armazenar a energia excedente de turbinas eólicas ou de painéis solares em telhados. Outra pretende fazer biocombustíveis a partir do dióxido de carbono que se encontra no ar.
O primeiro trabalho é de químicos da Universidade de Calgary, no Canadá, que relatam na Science terem descoberto novos catalisadores que converteriam energia elétrica em energia química. A primeira não pode ser facilmente armazenada, mas a segunda sim.
Este é um problema sério para fornecedores de energia renovável. Em um dia ensolarado, células fotovoltaicas fornecem quantidades generosas de energia mas, no caso, menos pessoas precisam ligar seus aquecedores ou acender lâmpadas. No caso das turbinas eólicas, há energia sempre que houver vento, mas elas fornecem pouca ou nenhuma energia quando o ar está parado. Se as turbinas pudessem bombear água que fosse usada mais tarde para a geração de energia hidroelétrica, esta seria uma solução – mas se os consumidores já tivessem uma oferta de energia hidroelétrica, qual seria a função das turbinas?
Curtis Berlinguette e Simon Trudel, da universidade, encontraram outro modo de utilizar água. Células de combustível usam corrente elétrica e catalisadores em uma reação que divide água em hidrogênio e oxigênio, e os elementos podem ser armazenados separadamente e reconvertidos em água a qualquer momento, gerando boas quantidades de energia a ser transformada em eletricidade.
Não haveria poluição, ou emissões de CO2 e, em teoria, perda de água no processo. O problema é que até o momento os catalisadores dependem de minerais caros, raros e tóxicos. O que os pesquisadores descobriram foi que se pode conseguir uma reação de sucesso com a utilização de uma nova família de eletrocatalisadores feitos de óxidos baratos de ferro, cobalto e níquel (o óxido de ferro é conhecido também como ferrugem, algo muito abundante).
A outra equipe de cientistas, da Universidade da Georgia, nos EUA, desenvolveu um microorganismo que absorve dióxido de carbono e gera energia, armazenada em forma de película. Eles relataram no Proceedings of the National Academy of Sciences ter manipulado geneticamente uma nova cepa de Pyrococcus furiosus, um hipertermófilo que vive em carbohidratos de águas oceânicas superaquecidas, próximas a passagens geotérmicas. E adaptaram seu metabolismo para torná-los capazes de se alimentar de CO2 a temperaturas muito mais baixas. Isto, acreditam, poderia ser usado na produção de combustíveis, diz a Technology Review, do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Foto: Sebastiano Pitruzzello/Creative Commons
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